CONCLUÍDA DEMOLIÇÃO EM ÁREA DE RISCO NO BOM JESUS
24 de agosto de 2017

Foi concluída nesta terça-feira (22) a demolição de dois imóveis, localizados na rua Joaquim Rocha de Oliveira, no bairro Bom Jesus. As casas de números 139 e 149, construídas no alto de um talude, estão desocupadas desde 2012, quando técnicos da Defesa Civil do Município constataram as primeiras manifestações patológicas que indicavam o risco de deslizamento.

Desde então, a Defesa Civil vem acompanhando a situação. Segundo o último relatório do órgão, realizado na semana anterior à demolição, os dois imóveis apresentavam manifestações patológicas graves, como fissuras e trincas nas paredes, pilares e piso, indicando excesso de sobrecarga e recalques diferenciais provavelmente causados por movimentação de terra do talude. Por isso foi planejada a demolição, como noticiamos aqui.

O relatório ainda indica que os imóveis foram construídos em local de risco, em um terreno com declividade maior que 40%. Segundo o chefe do departamento de Defesa Civil, Rodrigo Cardoso, "a cada vistoria percebia-se o agravamento e, caso houvesse ruptura, as casas ofereciam risco para edificações localizadas aos fundos, pois o terreno possui uma inclinação elevada e o risco de deslizamento de terra não podia ser descartado", enfatizou.

O trabalhou de demolição foi realizado em dois dias, menos do que os 15 dias previstos anteriormente. Como medida preventiva, os moradores da rua aos fundos foram notificados para desocuparem suas residências durante os trabalhos. Foram necessárias 10 horas de uso de escavadeira hidráulica e 13 viagens de caminhões para a retirada do entulho.

A ação foi coordenada pela Superintendência de Gestão Pública e Governança, por meio da Defesa Civil, e executada pela secretaria de Obras. Segundo o superintendente Luciano Piovesan Leme, operações integradas dessa natureza são previstas no Plano de Contingencia da Defesa Civil, acionado para preservar a vida e minimizar danos e prejuízos.

Vários moradores da rua aos fundos dos imóveis, que conviviam com o risco de terem suas casas atingidas, acompanharam os trabalhos. "Toda vez que chove é uma preocupação de cair a casa, a gente dormia, mas não dormia tranquilo. Com certeza a demolição vai trazer mais alívio e segurança", disse Silvio Álvaro Amaral, que mora na rua Josefino Fialho, bem abaixo da região das casas demolidas.

Outros moradores e vizinhos também elogiaram a ação, pois conviviam com outros problemas causados pela desocupação, como o uso dos imóveis para tráfico e prostituição, além de problemas relacionados à proliferação de mosquitos e outros animais que possam transmitir doenças devido ao acúmulo de lixo e água.

A partir de agora a área é considerada como "não edificante". A Defesa Civil continuará acompanhando o local, que recebe nos próximos dias obras de construção de um muro de contenção, correção de cortes no talude e manutenção da via.

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