O Hospital São João Batista completa 30 anos em 2014, porém não tem muitos motivos para comemorar. De acordo com o vice-presidente da Fundação Assistencial Viçosense, órgão mantenedor do São João Batista, Rodrigo Bicalho, o hospital está endividado devido a péssima remuneração da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).
– Eu vou dar um único exemplo: quando uma pessoa chega ao hospital e é atendida no pronto-atendimento, o SUS remunera o hospital por esse atendimento com R$ 2,28. Se a pessoa for medicada, independente do valor do medicamento, o SUS paga R$ 0,50. Se ela fica em observação é mais um pouco, um valor que eu não lembro agora, mas não é nada muito além disso. Então, esse valor de tabela do SUS quebra as instituições filantrópicas – argumenta.
Para contornar essa situação, o Hospital São João Batista depende de recursos extraordinários. Segundo Rodrigo Bicalho, há emendas aprovadas para a unidade de saúde que o governo federal ainda não liberou.
– Agora, especificamente, no período de 2009 pra cá, o Rodrigo [de Castro], na sua atividade parlamentar [deputado federal], destinou para o hospital diversas emendas. Foram emendas que foram colocadas no orçamento da União, onde já foram estabelecidos os convênios para que esses recursos viessem para a instituição, mas que, estranhamente, isso não chega aqui – destaca.
Os recursos seriam referentes às emendas dos anos de 2009, 2010, 2011 e 2014 de autoria do deputado federal Rodrigo de Castro e, somadas, chegariam à quantia de R$ 2,15 mi.
– Nós temos mais de R$ 2 mi em equipamentos, máquinas para o serviço de hemodiálise, equipamentos para o CTI, que facilitariam a vida do hospital, que propiciariam ao hospital um atendimento melhor à população, que não chegam – revela Rodrigo Bicalho.
Pedro Vital