O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse nesta quarta-feira (6) que os servidores estaduais vão receber o salário de janeiro no dia 13 e que o atraso no pagamento pode se repetir durante o ano. “Nós vamos pagar dois dias úteis depois do prazo que seria normal, em vez de ser dia 8 vai ser dia 13, são dois dias úteis depois”, disse Pimentel. O governador justificou que o Estado não conseguiu ter o volume suficiente de recursos.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) explicou que, nestes dois dias, o governo terá mais tempo de arrecadação do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que começa a ser pago no dia 11.
"É uma situação financeira muito difícil, de todos os estados. A de Minas certamente não é exceção. [...] Nós herdamos o estado com um déficit brutal. Este déficit que a gente tentou reduzir ao longo do ano passado, nós não conseguimos reduzir. E no orçamento deste ano, o déficit que tá lá registrado é de R$ 10 bilhões. Então, nós vamos ter um ano do ponto de vista financeiro-orçamentário muito apertado”, afirmou.
Pimentel disse que, com as contas no vermelho, provavelmente, os próximos salários também não serão pagos no quinto dia útil do mês. “Provavelmente não. Em janeiro, nós já sabemos que não. Não foi possível. [..] Eu acho muito difícil que a gente consiga manter esse cronograma que vinha vindo até então”, disse.
Segundo ele, nós próximos dias, um cronograma de pagamentos dos próximos salários será apresentado a associações e sindicatos de servidores. Pimentel não adiantou informações sobre o este planejamento.
As declarações foram dadas durante coletiva do governo para lançar um aplicativo que reúne vários serviços públicos, como os prestados pela Companhia Energética e Minas Gerais (Cemig), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
De acordo com o governo, o MP APP vai permitir mais agilidade no atendimento ao cidadão. Durante o lançamento, funcionários da Cemig protestaram em frente ao Palácio da Liberdade. Entre as reivindicações da categoria estão o fim da terceirização na companhia e a distribuição linear da participação nos lucros ou resultados (PLR).