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Policiais civis e militares de MG dão início a uma ‘greve branca’
4 de fevereiro de 2016

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Se, oficialmente, os policiais militares afirmam que ainda vão avaliar a apresentação do cronograma de pagamento de salários, na prática a categoria já iniciou ações de protesto, em uma espécie de “greve branca”, dificultando propositalmente o atendimento à população. Segundo militares ouvidos pela reportagem, o movimento começou nesta quarta. Policiais civis também teriam aderido à estratégia.

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Segundo informações os policiais estão dificultando o atendimento a população.

“É uma ação que não visa prejudicar o combate à criminalidade no Estado, mas que, ao mesmo tempo, mostra que não está tudo bem. O que já está sendo feito em delegacias e batalhões é demorar mais com a ocorrência. Fazendo uma espécie de “corpo mole”, gastando nosso tempo e da pessoa do outro lado, que terá que esperar. Infelizmente, quem acaba pagando o pato é a população. Mas essa é uma forma de a gente mostrar que está sendo prejudicado também”, afirmou um militar, sob anonimato.

Um policial civil, que também pediu para não ser identificado, confirmou a
greve branca. “Todo mundo tem seus compromissos, suas contas para pagar. A situação é muito complicada, pegou todos de surpresa e não podemos ficar parados. Vamos lutar por nossos direitos. As ocorrências não vão ficar paradas, mas vão demorar muito mais. Pode saber disso”, disse.

Oficialmente, as corporações negaram que haja corpo mole dentro da corporação. A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que não iria comentar a possibilidade de greve porque não há nenhuma ação oficialmente anunciada.
Situação de Viçosa
A 10º Companhia Independente de Polícia Militar de Viçosa informou que os policiais militares de Viçosa e microrregião  estão com os salários atrasados, e que ainda não existe a possibilidade de os mesmos aderirem a "greve branca".
A Polícia Civil de Viçosa não quis passar informações sobre o salário da corporação ou a possibilidade de aderirem a greve branca.
 Negociação
 O deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), um dos líderes da última greve da PM, em 1997, afirma que o governo não tem o direito de apresentar uma proposta fechada.

“Esse papo de que não vai negociar dura só até o governo enxergar os servidores marchando rumo à Cidade Administrativa. Nessa hora, o dinheiro aparece”, declarou o parlamentar.