Engenheiro de Viçosa é alvo de investigação no rompimento da barragem da Samarco
18 de fevereiro de 2016

Na tarde desta quarta-feira 17, a Polícia Federal esteve em Viçosa e apreendeu documentos na casa de um engenheiro que atestou que a barragem da Samarco não oferecia riscos.

barragem
No desastre 17 pessoas morreram e 2 ainda estão desaparecidas.

Um engenheiro aqui de Viçosa foi alvo na tarde desta quarta-feira 17, de uma operação da Polícia Federal de investigação do rompimento da barragem da Samarco na cidade de Mariana. Este engenheiro segundo a Polícia Federal, foi um dos responsáveis por assinar o laudo atestando que a barragem não oferecia riscos de rompimento. A polícia não repassou o nome do engenheiro investigado. A PF suspeita que a Samarco esteja escondendo dados sobre o monitoramento da barragem de fundão, que se rompeu em mariana em 5 de novembro destruindo o distrito de Bento Rodrigues, matando 17 pessoas e deixando dois desaparecidos. 

Segundo os delegados Alexandre Leão, chefe da delegacia regional de combate ao crime organizado, e Roger de Lima Moura, chefe do inquérito que investiga o rompimento da barragem, a apuração da queda da represa levantou a possibilidade de a empresa não ter repassado todos os dados que teria, o que pode ser punido com prisão dos responsáveis. Conforme eles, já foram constatadas divergências nos depoimentos de representantes da empresa, sobretudo em relação ao número de piezômetros (equipamentos usados para verificar o volume de água na barragem) e sobre as informações que esses medidores apontavam. A Polícia Federal já concluiu também que os alteamentos da represa, obras realizadas para aumentar a capacidade, vinham sendo realizados em ritmo superior ao recomendado.

Procurada, em nota oficial a Samarco disse que "está colaborando com a diligência policial, assim como vem fazendo desde o início das investigações das causas do acidente com a barragem de fundão".

publicidade

publicidade

publicidade