Rádio Montanhesa

Rádio Q FM

TV Montanhesa

Live Rádio Q FM

Anuncie


HOMEM QUE MATOU EX-MULHER EM PONTE NOVA SE ENTREGA A POLÍCIA E IRÁ RESPONDER POR FEMINICÍDIO
9 de junho de 2017

'}}

Carlos Alexandre do Carmo da Cruz, de 32 anos, matou a sua ex-esposa Patrícia Rigueira Roberto da Cruz, 26, com seis tiros (na cabeça, no braço esquerdo, tórax e no peito) na última segunda-feira (05). Ela ainda foi socorrida por populares para o Hospital Arnaldo Gavazza, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Após o crime Carlos fugiu no seu veículo Gol HEO- 4942, não sendo localizado pela Polícia Militar. No meio da tarde de segunda-feira, acompanhado da advogada Soraia Brangioni Harmendani, ele se apresentou na Delegacia de Segurança Pública, demonstrando arrependimento e alegando que o ato teria sido cometido, a partir de um pretenso abalo emocional.

Familiares e outras testemunhas relataram que Patrícia estava dormindo com o filho de dois anos, quando o seu algoz pulou o portão e invadiu a casa de sua sogra, foi para o quarto da vítima, beijou o rosto do filho e arrastou Patrícia para fora da casa, colocando-a dentro do seu carro, onde ela foi assassinada. Antes de fugir, Carlos jogou a vítima para fora do veículo, na via pública.

Antes do assassinato, por volta de 22 horas, Carlos teria sido visto, na Praça de Palmeiras, supostamente vigiando Patrícia, que estava passeando com amigas. Segundo relatos, Patrícia saiu da Praça, conduzindo uma motocicleta, sem maiores problemas.
Apresentação

Carlos se apresentou à delegada Débora Meneguitte de Morais, no início da tarde do dia 06. Em seu depoimento, ele confessou o crime justificando que agiu por ciúmes. Em seu depoimento, Carlos disse que teria discutido com a ex-esposa, dentro do carro, e sob suposta forte emoção, perdendo o controle psicológico e atirou contra a ex-esposa. Após prestar esclarecimentos na Delegacia, Carlos ganhou liberdade, porém a sua liberdade não durou muito, pois a Justiça acatou pedido do Ministério Público decretando a prisão do acusado. A advogada Soraya Brangione tinha recorrido à Justiça Criminal com pedido de revogação da prisão preventiva de Carlos Alexandre.

A reportagem do Líder Notícias ouviu Carlos Alexandre, com exclusividade, logo após o mesmo se apresentar à autoridade policial e prestar depoimento. Visivelmente abatido, Carlos contou detalhes do relacionamento de10 anos com a vítima e demostrou arrependimento pelo crime cometido, além de preocupação, com o futuro de filho, de apenas dois anos de idade. “Como vai ser a criação dele sem a mãe, que eu matei e sem mim, que vou ter que pagar pelo erro que cometi”, indagou.
Calos Alexandre contou que há algum tempo o relacionamento entre Patrícia e ele, vinha se deteriorando até que houve o rompimento. “A gente estava tentando reatar nossa convivência e eu tinha muita esperança de que iriamos voltar a viver juntos, mas tudo deu errado”, disse ele.

Segundo sua versão, na noite de domingo (04), saiu de sua casa no bairro Copacabana para se encontrar com Patrícia. “Fui a casa dela, mas ela não estava lá. Havia saído de motocicleta. Então fui para o bairro de Palmeiras onde a localizei”, contou.

De acordo com ele Patrícia estava em companhia de outro homem. “Ela entrou no carro dele e os dois ficaram lá, trocando carícias. Ninguém me contou, eu vi”. As cenas presenciadas provocaram a ira de Carlos Alexandre que nutria em si a esperança de uma reconciliação.

Ele contou que vigiou a vítima até que ela retornasse para casa e então, foi falar com ela. “Cheguei na casa dela, entrei, vi e beijei meu filho e a chamei para conversar. Eu queria uma explicação. E já dentro do meu carro, ela me disse que não iria voltar para mim e que iria seguir sua vida, com outra pessoa. Foi quando perdi a cabeça e fiz tudo aquilo. Estou arrependido, mas não tenho como voltar atrás”, revelou.

Carlos revelou que logo após cometer o crime, deixou o local e tomou a rodovia sentido à cidade de Mariana. “Não cheguei até lá. Parei num certo lugar próximo da rodovia e passei a noite acordado, pensando no que eu tinha acabado de fazer. Esperei o dia amanhecer e liguei para minha advogada, pois eu não queria fugir. “Sou trabalhador. Sempre trabalhei e vivi honestamente, por isso preferi me entregar e pagar pelo meu erro”, finalizou.

Com informações do Jornal Líder Notícias