Uma série de boatos à respeito da procedência da água distribuída para consumo em Viçosa tomou conta da cidade na tarde de ontem(26). Vídeos e áudios foram espalhados de maneira a viralizar redes sociais com conteúdos que traziam alertas bastante graves.
Em um deles, uma mulher afirma estar acontecendo na cidade uma superlotação nos hospitais com pacientes em quadros de gastroenterite, diarreia e vômitos em decorrência ao consumo da água local contaminada. Ainda em seu discurso, afirma que a Prefeitura de Viçosa teria proibido qualquer tipo de declaração por parte dos administradores dos hospitais para evitar o alarme popular. Ela encerra solicitando que cuidados sejam tomados principalmente com a população idosa e infantil por serem faixas etárias de maior risco, além do pedido de repasse do conteúdo.
A nossa equipe de reportagem da rádio Montanhesa, entrou em contato ainda na tarde de ontem com o responsável pelo SAAE em Viçosa o diretor Rodrigo Bicalho que expôs toda a sua insatisfação com as mentiras que vinham sendo disseminadas à população. De acordo com Rodrigo, a cor amarelada apresentada há dias na água distribuída para a cidade não causará nenhum mal à saúde do Viçosense. O diretor desmentiu ainda qualquer possibilidade de um surto na saúde estar sendo abafado pela prefeitura e pelo próprio SAAE e afirmou que providências judiciais seriam tomadas pelo órgão para a punição dos envolvidos na repercussão dos boatos que estariam resultando em desordem pública.
No fim da tarde o próprio diretor do Hospital São João Batista Sérgio Pinheiro usou o mesmo meio de comunicação da falsa notícia para desmentir qualquer tipo de descompasso nos hospitais oriundos de problemas com a água. Sérgio deixa claro que nada do que foi dito é verídico e convida a população a atentar-se quanto à credibilidade das informações que são repassadas na cidade.
Disseminar informações falsas que atingem de maneira agressiva a honra de uma pessoa ou instituição é crime. No Código Penal Brasileiro, artigo 139, crime de difamação é definido pelo ato de desonrar alguém divulgando informações a respeito da outra, gerando descrédito de sua imagem pública. A pena para quem comete este tipo de delito pode variar de 3 meses a 1 ano de prisão e multa.
É preciso tomar muito cuidado com aquilo que se compartilha. Opte por repassar e acreditar em informações apuradas por meios de comunicações autorizados.