VIÇOSA INICIA AÇÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO CARAMUJO AFRICANO
1 de março de 2018

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Desde a última semana, uma equipe de agentes de endemias de Viçosa está verificando pontos (quintais e lotes baldios) do Bairro de Fátima para identificar presença e promover ações educativas no combate ao caramujo africano.

            A orientação da Vigilância Ambiental do município é que, caso encontre em sua residência, o caramujo seja coletado e, quem for fazer a coleta, faça com as mãos protegidas por luvas ou sacolas plásticas. Depois, o caramujo deve ser colocado em uma lata e então ser queimado. As conchas devem ser quebradas para não acumular água, evitando assim que elas se tornem depósito de larvas do mosquito da dengue. Pode-se também coletar os caramujos e posteriormente esmagá-los e enterrá-los, acrescentando uma colher de cal virgem para evitar a contaminação do solo.

            Os cuidados para evitar a contaminação e não ingerir o caramujo são; lavar bem as hortaliças, verduras e frutas com água corrente e deixar de molho em solução de água sanitária (uma colher de sopa de água sanitária diluída em um litro de água) durante 15 a 30 minutos. Outra maneira é deixar de molho em vinagre (uma colher de sopa de vinagre para um litro de água); não tocar nos caramujos sem proteção; lavar as mãos com água e sabão, caso haja algum contato com o molusco; e não transportá-los nem jogá-los vivos em terrenos baldios, ruas, matas, córregos e outros.

            O caramujo chegou ao Brasil na década de 80. Ele foi trazido, de forma ilegal, como uma alternativa mais rentável para substituir o escargot. Contudo, a iniciativa não foi bem sucedida. Abandonado, ele se tornou uma praga que poucas pessoas sabem como combater. O molusco transmite a meningite eosinofílica, pois ele atua como hospedeiro intermediário de um verme, o Angiostrongylus Cantonensis, agente da doença. O ser humano participa do ciclo como um “hospedeiro acidental” do verme, ao ingerir alimentos que estejam contaminados por meio do contato com a secreção do animal. Nela, estão presentes as larvas. Outra forma de contágio é o consumo – não recomendado – destes moluscos parasitados.