Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, ontem (21), que, das 528 pessoas que tiveram febre amarela no estado desde o fim do ano passado, 16 haviam se vacinado ao longo da vida, o que representa 3% dos casos confirmados.
“Esta porcentagem está de acordo com a literatura científica, que descreve que a eficácia da vacina contra febre amarela é de 95% a 98%. Assim, a vacina é considerada altamente eficaz e segura na prevenção da transmissão do vírus, sendo ainda a principal medida a ser adotada”, afirmou a SES por meio de nota.
Entre as 16 pessoas com histórico de vacinação, duas morreram. No total, 177 óbitos em decorrência da doença foram registrados no estado.
O paciente vacinado mais novo tem 7 anos, e o mais velho, 86. Das 16 pessoas, apenas uma tomou duas doses da vacina; as outras tomaram dose única. A média de idade de vacinação foi de 15 anos, variando entre 9 meses a 78 anos.
A secretaria reforça que a recomendação preconizada pelo Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS), ratificada pelo Ministério da Saúde, é de que apenas uma aplicação da vacina contra febre amarela garante proteção por toda a vida. Como medida de proteção adicional, é indicado o uso de repelente.
Atualmente, a cobertura vacinal de febre amarela em Minas Gerais está em torno de 95,16%.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.