Na tarde desta terça-feira, dia 21, professores da UFV decidiram em assembleia, por ampla maioria, não entrar em greve neste momento. Dois docentes votaram pela deflagração e oito se abstiveram. Os presentes também aprovaram a retirada do chamado “estado permanente de mobilização”: foram 124 votos contra 73 pela manutenção e duas abstenções.
“O momento não é propício para greve por entender que esse cenário é um cenário de incerteza. Nós não teríamos capacidade de mobilização para manter uma greve local, isoladamente (…). Embora aqui tenha sido votado que não estaremos em estado permanente de mobilização, que é uma categoria formal de organização para um cenário de greve, essa diretoria entende que nós precisamos fazer a nossa função: vamos ficar ativos com nossos GTs (Grupos de Trabalho), com nosso Conselho de Representantes, nós temos vários eventos este semestre que vão acontecer em várias frentes de luta, principalmente ligadas à educação”, disse a presidenta da Aspuv, Júnia Marise Matos Sousa.
O indicativo havia sido aprovado em assembleia realizada no último dia 10. Na data, os professores também decidiram que a Aspuv levasse ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) a construção de um movimento nacional em suas outras seções sindicais. Por ofício, o Andes respondeu que a proposta deve ser apresentada por um representante da Aspuv na próxima reunião do setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes).
“Nós saímos daqui muito vitoriosos, porque nós chegamos a um momento desse de deflagração de greve justamente indicado pela nossa base. Em momento nenhum, essa diretoria propôs a greve, até porque não havia indicativo nacional. Mas na nossa assembleia, no Dia do Basta, os nossos colegas da base se colocaram para uma greve e a gente encaminhou ao Andes essa proposição. Então, isso é muito importante, porque mostra que a nossa base está viva, ela está atuante”, completou a presidenta.
Fonte: Comunicação Aspuv.