A Vereadora Brenda Santunioni (Progressistas) reuniu, na tarde da segunda-feira (02), com representantes da Zona da Mata Mineração (ZMM), da Prefeitura, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da comunidade para tratar de possíveis rotas onde o minério irá passar nas zonas Rural e Urbana da cidade. O Presidente da Casa Legislativa, Vereador Antônio Elias Cardoso (PTB) e os vereadores Arlindo Carneiro (Montanha) (PSDB), Presidente da Comissão de Trânsito e Mobilidade Urbana, e Paulo Sérgio da Silva (Toti) (PRTB), Presidente da Comissão de Obras e Serviços Públicos, participaram do encontro.
Além dos parlamentares, os representantes da ZMM, Marcelo Trello, Flávio Albuquerque e Gilberto Delfino, o Secretário Municipal de Obras, e ex-Presidente da Casa, Carlitos Alves, o Secretário Municipal de Agropecuária e Desenvolvimento Rural, Marcos Fialho, o Professor e Coordenador do Grupo de Pesquisa em Conflitos Ambientais, Agricultura e Sociedade (PACAB) da UFV, Marcelo Oliveira, a Presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), Catarina Rodrigues, moradores da Comunidade da Paula, e representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB-Viçosa) participaram das discussões que foram motivadas pela insatisfação da comunidade devido aos ruídos provocados pelos caminhões da mineradora que passam em seus bairros.
Para o Professor Marcelo, o impacto não é somente nos ruídos e na infraestrutura da via “aumenta o fluxo de veículos, o índice de acidentes, a poluição e o uso do aquífero, que também é utilizado pelos produtores, por exemplo. Todos esses aspectos precisam ser levantados nessa discussão”, disse. Ao serem questionados sobre os planos de rota para o minério, os representantes da ZMM explicaram que ainda não foram definidos “ainda não temos nada decidido por não sabermos as rotas que seriam possivelmente necessárias e autorizadas pela Prefeitura, ou seja, estamos ainda em fase de estudo. Em contrapartida, precisamos da comunidade direta e indiretamente, e temos total interesse em buscar atender as necessidades dos moradores”, disse Gilberto.
O morador Rafael da Silva enfatizou a importância de consultar a população antes da tomada de decisão “seremos diretamente afetados e devemos participar dessas discussões”, comentou. De acordo com o Secretário Marcos, o assunto ainda será amplamente debatido “a Prefeitura irá comunicar as rotas para depois ouvir a comunidade e analisar os impactos ambientais e sociais. Tivemos produtores a favor e outros contra, e tudo será colocado na balança. Obviamente existirão impactos, os quais serão discutidos com a população e a mineradora com base nos estudos, após a definição da rota”, explicou.
A Vereadora Brenda solicitou que os estudos fossem apresentados publicamente “gostaria que as pesquisas que estão sendo realizadas estejam acessíveis para toda a população. Assim que a Prefeitura definir a rota autorizada, traremos as questões técnicas a essa Casa para discutir o assunto”, apontou. O Presidente Antônio Elias reforçou a importância de promover esse debate “a Casa Legislativa é a Casa do povo, e por isso esse espaço também será utilizado para aprofundar essas discussões, que envolvem todo o Município”, concluiu o presidente.
Fonte: Câmara de Viçosa.