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Volume de reservatório de hidrelétrica aumentou 13 vezes por conta de temporal em Guiricema
27 de janeiro de 2020

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A Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Ervália, localizada no município de Guiricema, na Zona da Mata, chegou a ter o volume de água que chegava no reservatório aumentado em 13 vezes durante a sexta-feira (24).

A informação foi confirmada pela Defesa Civil do município e pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

A situação ocorreu por conta do forte temporal que atingiu a região na sexta-feira, quando foram registrados mais de 110 milímetros de chuva em 24 horas.

De acordo com o responsável pela Defesa Civil de Guiricema, Francisco José Ribeiro, volumes de chuvas intensos foram registrados na região próxima à barragem da PCH Ervália.

Ainda conforme a Cemig, durante a tarde de sexta-feira, foi aumentado o volume de saída de água das comportas da barragem. O volume médio que caía no Rio dos Bagres era de 5 m³ por segundo e foi para 65 m³ por segundo às 15h.

Outro pico de vazão foi registrado às 23 horas, com 50 m³ por segundo sendo jogados no Rio dos Bagres. Já neste sábado (25), a Companhia garantiu que a situação voltou a níveis normais com a afluência de 8 m³ por segundo.

A situação contribuiu para o aumento do nível do rio, que corta Guiricema, São Geraldo e Visconde do Rio Branco.

Conforme a Defesa Civil relatou, as águas do Rio dos Bagres ultrapassaram a ponte na parte central de Guiricema, atingindo 15 metros de altura.

O município registrou alagamentos e inundações no Centro e na região de Villas Boas.

PCH Ervália

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais, a Pequena Central Hidrelétrica Ervália (PCH Ervália) está instalada no Rio dos Bagres, entre os municípios de Ervália e Guiricema.

Em janeiro de 2016, a concessão para operação da PCH Ervália passou a ser da Cemig, com o aproveitamento de uma queda d'água de 357 metros.

Ainda segundo documento da Secretaria, a estrutura da barragem é de concreto, com altura máxima de 7,5 metros.

Segundo a Cemig, a usina é à fio d'água, isto é, toda água que entra tem que ter vazão para sair.

Em nota, a assessoria da Companhia reforçou que a unidade fica na cabeceira do Rio dos Bagres e, por isso mesmo, não é a única responsável pela cheia do rio, pois as chuvas atingem toda a região.

Fonte: G1.