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Operação combate esquema milionário de sonegação fiscal em Minas e outros 7 estados nesta terça-feira
10 de março de 2020

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Setenta e três mandados de busca e apreensão são cumpridos apenas em Minas Gerais, na manhã desta terça-feira (10), como parte de uma operação comandada pelo Ministério Público para desmanchar um esquema milionário de sonegação fiscal no mercado de grãos como milho, soja e feijão.

A ação acontece também em outros sete estados brasileiros – Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Tocantins –  e no Distrito Federal.

Ao todo são cumpridos 109 mandados, tanto contra pessoas físicas quanto jurídicas. Sigilos bancários e telemáticos também são quebrados. Carlos Renato Machado, superintendente de Fiscalização da Receita Estadual de Minas Gerais, detalha a situação:

"A operação "Quem viver verá" tem o objetivo de desmantelar a força motora do gigantesco esquema de sonegação do setor de grãos e recuperar aos cofres públicos milhões de reais sonegados. As buscas e apreensões e as quebras de sigilo telefônico e bancário permitirão obter elementos que comprovem a participação ativa dos beneficiários finais do esquema: produtores rurais, grandes indústrias e os próprios corretores". Além do MP, participam da ação a Polícia Civil e as receitas Estadual e Federal.

Esquema

Informações preliminares apontam que o esquema seria comandado por suspeitos que atuam como corretores de milho, soja e feijão. Os criminosos, segundo o MP, vendiam "facilidades" aos produtores rurais, de forma que eles conseguiam comercializar seus grãos sem a emissão de notas fiscais. Além disso, também ofereciam notas fiscais frias em troca de pagamento e garantiam a blindagem das indústrias beneficiárias do esquema.

Cinquenta e cinco corretores de grãos e 22 empresas responsáveis pela emissão das notas fiscais frias estão entre os alvos da operação, além de produtores e compradores de grãos. Com os materiais apreendidos, as receitas Federal e Estadual de Minas Gerais poderão cobrar o imposto sonegado pelos produtores rurais.

A Justiça não concedeu quaisquer pedidos de prisão contra os 61 suspeitos. No entanto, os bens deles já estão sequestrados. Comprovadas as fraudes tributárias, eles serão responsabilizados criminalmente.

Fonte: O Tempo.