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Estudo indica que Viçosa está preparada para enfrentar a pandemia; confira situação das cidades vizinhas
29 de abril de 2020

Das 853 cidades de Minas Gerais, 230 (cerca de 27%) estão em situação crítica para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. O estudo foi publicado pela consultoria Aquila e se baseia em indicadores sociaiseconômicos e de saúde de todos os municípios brasileiros.
 
Integram a lista das cidades em situação crítica aquelas que, por razões financeiras e infraestruturais, potencialmente sofreriam mais com a COVID-19. Para isso, foram levados em consideração dados do governo federal sobre o sistema de saúde (quantidade de leitos e profissionais de saúde por morador) e as condições econômicas tanto da administração municipal quanto dos habitantes.
Das 230 cidades mineiras em situação crítica, as duas mais populosas estão na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ribeirão das Neves (334.858 habitantes) e Santa Luzia (219.134) preocupam os responsáveis pelo estudo justamente por conta da estrutura do sistema de saúde e dos indicadores econômicos.
“Quando você olha a população vulnerável, o dinheiro que o município tem disponível, a riqueza local e a estrutura de saúde local, você vê que são duas cidades muito vulneráveis. Ou seja, se o vírus entra nesses dois municípios, a chance de haver um colapso é muito maior. Haveria até mesmo a possibilidade de sobrecarregar a estrutura de Belo Horizonte como consequência, já que os pacientes começariam a migrar para a capital”, analisa o consultor Rodrigo Neves, responsável pelo estudo.
Segundo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais nesta terça-feira (28), as duas cidades não estão entre as mais afetadas pela epidemia. Em Santa Luzia há nove casos confirmados. Em Ribeirão das Neves, seis. Nenhum dos municípios registrou mortes.
Porém, o objetivo do estudo não é mapear o cenário atual da propagação da doença, mas identificar quais cidades potencialmente sofrerão mais com a pandemia caso não haja interferência do poder público, seja no estabelecimento de medidas rígidas de isolamento social, seja em investimentos no sistema de saúde.
“Quais são os municípios que hoje têm mais risco, estão mais vulneráveis e têm menos infraestrutura? Não é onde o vírus está. Falar que uma cidade é crítica não quer dizer que ela vai ter problema com a COVID-19. Nosso objetivo foi verificar com números, fatos e dados, estudando a realidade dos municípios do Brasil do ponto de vista de risco e vulnerabilidade, para apontar que estes são os municípios aos quais o Brasil deveria dar mais atenção. É dar um norte racional, metodológico, com ciência”, defende Rodrigo Neves.
Em Minas
De acordo com o estudo, 248 das 853 cidades mineiras (29%) teoricamente apresentam condições econômicas e de saúde para enfrentar a pandemia. Outras 374 (44%) foram classificadas em um nível intermediário. Ou seja, dispõem de capacidade financeira boa e sanitária ruim ou vice-versa. Apenas Manhumirim, na Zona da Mata, foi desconsiderada na análise, pois não havia indicadores disponíveis suficientes para avaliação.
De acordo com o relatório Viçosa, Araponga, Ubá, Ponte Nova e Senador Firmino estão preparadas para enfrentar a pandemia. Amparo do Serra, Cajuri, Canaã, Coimbra, Divinésia, Ervália, Paula Cândido, Pedra do Anta, São Miguel do Anta, Teixeiras, Visconde do Rio Branco e Guiricema estão com condição de saúde, mas dependente financeiramente. Guaraciaba, Piranga, Porto Firme e São Geraldo são cidades críticas para enfrentamento da pandemia.
Fonte: Estado de Minas.