Ampliar as vozes de crianças e adolescentes e estimulá-los a transformarem suas realidades, reconhecendo-os como protagonistas de suas próprias histórias, é um potente instrumento para a transformação da sociedade. Por isso, o movimento internacional Design For Change (DFC) criou um conselho para estudantes se expressarem e apoiarem nas estratégias da organização. E, pela primeira vez, uma brasileira fará parte do grupo: Maria Clara dos Santos, integrante do projeto Fora da Bolha , premiado na quinta edição do Desafio promovido pelo Criativos da Escola, do Instituto Alana.
A estudante do Colégio Municipal Professora Didi Andrade, em Itabira (MG), tem 14 anos e foi escolhida para representar o Brasil no Conselho Estudantil (Students’ Council) do DFC, um ambiente onde crianças e adolescentes podem expressar seus pensamentos e opiniões sobre formas de promover o empoderamento estudantil. O grupo é formado por 11 alunos com idades de 11 a 16 anos, e, além do Brasil, tem representantes do Chile, Peru, Sérvia, Sudão, Espanha, Nigéria, Quênia, Estados Unidos, Uruguai e Israel.
"Ser a primeira brasileira a fazer parte do Conselho é um sentimento muito gostoso. É uma experiência única e muito bacana de conhecer outras pessoas de outras nacionalidades. A pluralidade de vozes faz toda a diferença, pois é importante ter um Conselho com estudantes de idades, países e culturas diversas, para que o DFC Global possa entender como a gente se sente", conta a estudante Maria Clara.
Ao longo do ano de 2021, o Conselho Estudantil terá encontros periódicos para saber das ações do DFC e para manifestar suas opiniões, questões e decisões. Dessa forma, os estudantes têm papel fundamental de direcionar as estratégias da organização global no desenvolvimento de ações transformadoras. O grupo ajudará o movimento em uma mobilização internacional e diversa.
Criado em 2009 pela designer indiana Kiran Bir Sethi, o Design for Change atua a partir de uma metodologia de elaboração de projetos dividida em etapas representadas pelos verbos sentir, imaginar, fazer e compartilhar. O movimento global está presente em 65 países e já impactou mais de 2,2 milhões de crianças e adolescentes ao redor do mundo.