A Universidade Federal de Viçosa (UFV) vai iniciar, na semana que vem, os estudos para identificar se as novas variantes do coronavírus estão circulando em Viçosa e nos municípios da região. Vale lembrar que, atualmente no Brasil, há a circulação de algumas variantes, inclusive as consideradas mais infecciosas, como a brasileira, encontrada inicialmente em Manaus, e a britânica. Elas, inclusive, já foram encontradas em algumas cidades de Minas Gerais.
Não há indícios claros de que essas variantes são mais letais ao organismo humano, Mas algumas pesquisas preliminares já apontaram que elas podem, sim, mais letais do que o vírus originalmente achado na China. Entretanto, comprovadamente, o que se tem até o momento é de que essas variantes são apenas mais transmissíveis.
A pesquisa da UFV será coordenada pelas professoras Poliane Alfenas Zerbini e Simone Guimarães, e pelo professor Murilo Zerbini, que integram uma força-tarefa entre várias universidades do pais para estudar as variantes do vírus.
A pesquisa consistirá em fazer um sequenciamento genético completo do vírus e analisar, tanto as variantes já conhecidas, quanto as possíveis mutações. Por meio de uma amostra de um caso positivo de Viçosa, os pesquisadores vão identificar o genoma do vírus e comparar com a sequência genética original.
O equipamento necessário para a realização dos procedimentos estava em manutenção e já retornou aos laboratórios da UFV. A máquina, segundo reportagem do Folha da Mata, é capaz de sequenciar o genoma em até 24h. No entanto, um resultado definitivo só será possível após 15 dias, por conta dos protocolos a serem seguidos.