A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) descartou, por enquanto, a adoção de "passaporte sanitário" para restringir o acesso de viajantes ou turistas não vacinados ao Estado. De acordo com a pasta, ainda não há deliberação sobre o assunto no âmbito estadual. No entanto, a secretaria ressalta que os municípios poderão adotar medidas semelhantes, se quiserem.
Em nota, a SES-MG diz que os municípios têm autonomia para "implementar medidas complementares que considerarem adequadas à realidade local para o controle da pandemia".
"A SES-MG reitera, contudo, a importância da vacinação e reforça a necessidade de se cumprir o esquema vacinal de forma correta para garantir a imunização adequada da população contra a covid-19", informa.
A Prefeitura de Belo Horizonte já descartou adotar o "passaporte sanitário" e diz que o mais importante, neste momento, é seguir com a vacinação.
"É importante ressaltar que a estratégia principal para o enfrentamento à pandemia é a imunização da população, conforme as orientações do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde", diz a prefeitura, em nota. Atualmente, a capital mineira tem 83,9% do total de moradores vacinados com as duas doses ou dose única de vacinas contra a covid-19. Moradores com esquema vacinal completo são três em cada quatro na cidade.
O Ministério da Saúde já descartou a adoção do passaporte sanitário em portos e aeroportos brasileiros. A medida também já foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), quem comparou a restrição ao uso de uma "coleira". O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por sua vez, disse que era melhor "perder a vida que a liberdade", quando comentou sobre o assunto.
Nesta quarta-feira (8), o governador de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), enviou ofício ao ministério pedindo que a medida seja adotada nos aeroportos e portos brasileiros. O governador deu um ultimato ao ministério e garantiu que, se a restrição não for adotada até o dia 15 de dezembro, os aeroportos internacionais de Guarulhos, Viracopos e Congonhas passarão a cobrar a comprovação da vacinação aos viajantes que desembarcarem por lá.
Fonte: Itatiaia