Por conta do aumento nos casos de Covid-19, Hospital São João Batista (HSJB) passa, nesse momento, por uma situação de calamidade no Pronto Atendimento (PA) Covid. Segundo o presidente da FAV, fundação mantedora do HSJB, Joaquim Andrade Neto, a portaria tem atuado com um prejuízo de aproximadamente R$ 90 mil por mês. Por isso, caso os municípios vizinhos não ajudem o Hospital, o atendimento para a Covid-19 corre o risco de continuar ativo apenas até o dia 06/02.
Apenas em janeiro, o Hospital São João Batista atendeu 519 pessoas com sintomas gripais, mais do que todo o mês passado e novembro. Segundo Joaquim Andrade Neto os funcionários do hospital estão sobrecarregados e atuando de maneira desumana.
Em entrevista ao Jornal da Montanhesa desta sexta-feira (07), o presidente afirmou que atualmente o custo dessa portaria está ficando em torno de R$ 220 mil. Ele lembra, ainda, que até meados de outubro os planos de saúde faziam uma contribuição de R$ 50 mil para manter o atendimento, enquanto a Prefeitura de Viçosa destinavam ao HSJB cerca de R$ 120 mil. No entanto, os planos pararam de contribuir com essa quantia.
"Informamos às Prefeituras vizinhas, no dia 1º de novembro, que estávamos sem recursos para atender os pacientes", disse.
Vale lembrar que desde novembro do ano passado a instituição pede contribuições dos municípios vizinhos para ajudar no custeio do atendimento hospitalar. Entretanto, até o momento, segundo o próprio presidente da FAV, nenhuma quantia foi destinada.
"Se operarmos com a situação de R$ 90 mil todo mês com prejuízo, teremos mais de R$ 1 milhão de prejuízo ao fim do ano. Estamos atrasando pagamento de fornecedor", afirmou, Joaquim.
Diante todo esse cenário, ainda durante entrevista ao Jornal da Montanhesa, o presidente da FAV afirmou que, inicialmente, a portaria de atendimento à Covid-19 seria fechado às 00h desta sexta-feira. Mas, após reuniões com membros da Prefeitura de Viçosa, ficou definido o funcionamento, inicialmente, até o dia 06/02.
Nesse sentido, Quincas, como também é conhecido o presidente, reitera a necessidade da ajuda dos municípios vizinhos. Ele afirma, ainda, que em Viçosa, o hospital atende cerca de 160 mil habitantes da microrregião. Além disso, 70% da população de Coimbra e 40% da de Ervália é atendida na cidade, mesmo fazendo parte da micro de Ubá. Por
"As prefeitura vizinhas estão recebendo dinheiro da Covid, mas não ajudaram em nada ao hospital até hoje. Eles não estão preocupado com o hospital", criticou, Quincas.
Caso a portaria seja, de fato, fechada, o presidente Joaquim afirma que, infelizmente, "veremos nossos entes queridos sendo transferidos para outras cidades.
Em contato com a nossa equipe de reportagem, o secretário de Saúde, Rainério Fontes afirmou total apoio ao hospital e disse que tentará contato com os municípios vizinhos para prestarem o auxílio necessário.