As forças de segurança pública de Minas Gerais deverão continuar seus trabalhos, sem fazer greve. No entanto, o atendimento deverá ser "extremamente reduzido", segundo a apuração da equipe de jornalismo do Primeiro a Saber. Até o início dessa semana, a Polícia Civil de Viçosa, por exemplo, já estava trabalhando com apenas 30% das ocorrências.
Em contato com a nossa equipe de jornalismo, o inspetor da Polícia Civil de Viçosa, José Maxmiliano Cardoso, ele afirma não acreditar que a greve será realizada.
"Creio que não haverá greve. Forças de segurança não podem fazer greve. Caso a greve ocorra, o judiciário iria decreta-la ilegal em poucas horas", afirmou o inspetor.
Ele afirmou ainda que a PCMG está agindo dentro do movimento de estrita legalidade, em que é necessário cumprir a lei em seu sentido literal. Nesse sentido, o delegado da Polícia Civil de Viçosa, José Donizette Teixeira também comentou sobre as reinvindicações feitas pelos servidores públicos e reafirmou a funcionalidade de todos os setores.
"Em momento algum está ocorrendo greve das policias, porquê não podemos fazer greve. É um movimento reivindicatório. Todos os setores estão funcionando dentro da estrita legalidade", disse o delegado.
Mesmo sem greve, a população sentirá os impactos pela redução no atendimento das forças de segurança em Minas Gerais. Ainda segundo o inspetor da PC, no caso da Polícia Civil, o impacto que será sentido de imediato pela população é a prestação dos serviços do DETRAN e na emissão de RG. Já na Polícia Penal, a situação é mais grave.
"Na Polícia Penal a situação é mais grave. Haverá impacto nas visitas e banho de sol dos presos. Risco de colapso por conta de rebeliões nos presídios. [...] Patrulhamento das ruas também fica seriamente prejudicado", afirmou, Max.
Desde a manhã desta quarta-feira (09), profissionais da segurança estão realizando manifestações em Belo Horizonte. O manifesto teve pela manhã, na Praça da Estação, no hipercentro de Belo Horizonte. Em caminhada, os manifestantes percorreram a avenida Afonso Pena, e passaram pela Praça 7.
Este é o terceiro ato realizado neste ano, de grande porte, pela categoria. Eles pedem recomposição salarial de 24%. Até o momento, não existe acordo entre os profissionais da segurança e governo.
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