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Votação apertada derruba projeto do grau em moto como prática esportiva em Viçosa
18 de maio de 2022

Ontem, 17, durante a Reunião Ordinária da Câmara de Viçosa foi derrubado o projeto de lei 016/2022, referente ao grau em moto, de autoria do vereador Rogério Fontes (Tistu) (PSL). 

Na votação, o Projeto de Lei sofreu um empate de 7 a 7 e o Presidente da Câmara, Edenilson José de Oliveira (PSD), com o voto de minerva, decidiu por derrubar o projeto. 

O vereador do projeto do “Grau em Moto” Rogério Fontes (PSL) iniciou as discussões explicando a importância da realização do esporte de maneira legal e com segurança: “Estamos colocando na mão do executivo para que seja trabalhado como política pública, para tentar junto com a Polícia Militar e Ministério Público, arrumar um local próprio. Lembrando que esse projeto não libera o grau em rua.” Explicou o vereador. 

O debate seguiu com manifestações da vereadora Vanja Albino (PSD), que alertou aos participantes da Reunião Ordinária sobre os altos índices de acidentes graves e mortes durante a condução de motocicletas, especialmente entre os jovens. A vereadora também relacionou com a dificuldade do município de Viçosa no acesso à saúde e infraestrutura para garantir a segurança do esporte. 

O vereador Daniel Cabral (PCdoB), durante sua fala, direcionou sua pergunta ao líder do prefeito, João de Josino (Cidadania) sobre o posicionamento do Executivo no andamento desse projeto. Por sua vez, o líder afirmou que não obteve nenhuma resposta da administração. 

Em seguida, o vereador Gilberto Brandão (AVANTE) afirmou que os altos índices de acidentes com motos não estão apenas relacionados ao grau: “A estatística é no geral, no país inteiro. É no trânsito e em várias situações. Acho que o caminho não é esse não.” relatou Gilberto Brandão, demonstrando seu apoio ao Projeto de Lei. 

Apesar da falta de posicionamento do líder de governo, o vereador Tistu (PSL) afirmou que o Secretário de Cultura apoia a iniciativa e também se posicionou acerca dos dados trazidos pela vereadora Vanja Albino (PSD): “Estamos falando de Wheeling e não acidentes de moto de forma geral. Se você ler o projeto, ele visa exatamente o contrário disso, é dar segurança através de equipamentos próprios para tal prática e tirar de vias públicas, e passar para um local próprio” explicou o vereador em defesa do projeto de lei. 

O Presidente da Câmara, Vereador Edenilson José de Oliveira (PSD), afirmou que não acredita que o projeto de lei seria capaz de retirar o “grau em moto” das ruas: “Eu não acho, vereador Tistu, e falo com muita segurança, que essa prática deixará de existir nas vias públicas com irresponsabilidade, havendo ou não havendo o espaço. Eu vejo esse cenário como um conto de fadas” afirmou Edenilson José. Além disso, o Presidente da Câmara também demonstrou preocupação com os jovens e com a falta de fiscalização sobre o grau na cidade de Viçosa atualmente. 

A vereadora Jamille Gomes (PT) também fez seus comentários acerca da preocupação com a iniciativa do Executivo, relacionadas ao planejamento e organização do espaço para a prática do esporte: “Nós tivemos o posicionamento do líder do governo dizendo que não houve um diálogo sobre isso anterior à votação do projeto. Que respaldo nós vamos ter em aprovar o projeto e ter a garantia que o Executivo irá garantir esse espaço?” questionou a vereadora. 

O vereador Rogério Fontes (Tistu) (PSL), após a fala de Jamille Gomes (PT), voltou a relembrar sobre a audiência pública, que contou com a participação dos secretários da Prefeitura. De acordo com o vereador Tistu, os secretários fizeram indicações para o local da prática do Wheeling. O vereador também reforçou, novamente, que o papel do Projeto de Lei é fornecer segurança à população de Viçosa: “O intuito aqui é dar segurança. Não só para eles, que são praticantes, mas para a população”, relembrou Tistu. 

Outros vereadores demonstraram suas opiniões favoráveis e negativas ao projeto de lei, antes da votação oficial, discutindo as especificidades da prática e a dificuldade de acesso ao Prefeito de Viçosa e ao poder Executivo do município. 

Após longa discussão durante o Grande Expediente da reunião Ordinária, sete vereadores se mostraram contrários ao projeto, sendo eles: Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT);  Jamille Gomes (PT); João Januário (João de Josino) (Cidadania); Marly Coelho (PSC); Rafael Magalhães (Filho do Zeca do Bar) (PSDB); Robson Souza (Cidadania) e Vanja Honorina (PSD).