A adesão à paralisação dos profissionais da educação da rede particular foi baixa em Viçosa. Isso porque, de acordo com apuração da nossa equipe de reportagem, em contato com representantes do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) na cidade, aconteceram diversas intimidações por parte dos donos das escolas, incluindo ameaças de demissão caso a paralisação fosse adotada.
Nesse sentido, a última paralisação, adotada no dia 24 do mês passado, não teve grande volume na cidade. Além disso, a greve geral por tempo indeterminado que terá início na próxima segunda-feira (06) por profissionais de Belo Horizonte e região não deverá ocorrer em Viçosa neste primeiro instante. No entanto, a categoria não descarta que mudanças de cenário ocorram no município, já que a indignação dos professores é alta.
A decisão da greve geral foi tomada em reunião do Sindicato na última terça-feira (01), em Belo Horizonte.
Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEPE-MG), afirmou que considera inoportuna a orientação de paralisação, já que as negociações ainda estão em andamento.
Veja abaixo a nota completa:
"Consideramos inoportuna e promotora de enorme prejuízo, em diversos aspectos, esta orientação de paralisação das atividades profissionais dos docentes das instituições particulares de ensino.
A lei de greve, que assegura o direito à paralisação de qualquer categoria profissional, é clara quando diz que a greve só se faz legitima quando – “frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral" – o que não é a realidade. As negociações se encontram em pleno desenvolvimento. Inclusive com reunião agendada para o próximo dia 07/06/2022, terça-feira. Portanto, entendemos, não há razões para o que foi proposto pela respectiva entidade representativa.
Reiteramos nossa abertura e nossa disponibilidade nesta caminhada, sem abrir mão do comprometimento de quem, em tempos que exigem cuidado e responsabilidade, cumpre este papel com fidelidade e lealdade junto à instituição particular de ensino mineira e a todos os que dependem de sua sustentabilidade."