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Junho já tem 80% a mais de casos de Covid-19, em comparação a maio
9 de junho de 2022

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Apenas nos oito primeiros dias de junho, o número de casos de Covid-19 já somou 80% (46.427) de todos os testes positivos dos 31 dias de maio (57.541). Para especialistas ouvidos pela reportagem, o aumento de casos deve continuar, por causa das baixas temperaturas, já que as pessoas se aglomeram mais no inverno.

Para o infectologista Unaí Tupinambás, ex-integrante do extinto Comitê de Enfrentamento à Covid de BH, esses números expressam o início de uma quarta onda da doença. "O aumento (no número de casos) é resultado de um relaxamento total e sem orientação dos gestores", enfatizou.

O médico explicou que as novas contaminações se devem à subvariante 2 da ômicron. Sobre a orientação da Prefeitura de Belo Horizonte sobre a volta do uso de máscaras, Tupinambás considera a medida inócua.

"A PBH deveria obrigar, especialmente em escolas e comércios (padarias, supermercados, entre outros), o uso da máscara. Já que são necessidades quase que compulsórias. As pessoas precisam ir a esses locias", acrescentou.

Baixa vacinação contra o coronavírus

Conforme o balanço divulgado nesta quarta-feira (8) pela Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG), nas últimas 24 horas foram registrados 9.063 novos casos da doença, além de 113 óbitos.

"Deveria ser obrigatório o uso de máscaras em ambientes fechados. Além disso, há uma população que não tomou a dose de reforço, ou que nem se vacinou", destaca o médico infectologista e professor de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Geraldo Cury.

O infectologista Leandro Curi concorda com o colega sobre a necessidade do uso de máscaras e também sobre a urgência da vacinação. Além disso, ele também questiona a posição da Prefeitura de Belo Horizonte de apenas recomendar o uso de máscaras em locais fechados.

"Quando a prefeitura retira a obrigatoriedade, as pessoas interpretam isso como o 'fim da pandemia'. As pessoas se sentem livres, ainda mais com shows, jogos, entre outros. Enquanto isso, nas Unidades de Pronto-Atendimento, o número de atendimentos só cresce", enfatizou.

Fonte: O Tempo