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Telecomunicações lideram reclamações no Procon da ALMG
11 de julho de 2022

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Às vésperas da implantação da tecnologia 5G em Belo Horizonte, que pode ocorrer ainda neste mês de julho, os serviços de telecomunicações aparecem no topo da lista de reclamações dos consumidores. Das 643 queixas registradas no Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no primeiro semestre de 2022, quase 10% foram contra o segmento de telefonia celular, informou nesta segunda-feira (11) o órgão. O chamado “combo”, que é o pacote de TV por assinatura, telefonia e internet, aparece em segundo lugar, com 7,7% das queixas. Há mais de dez anos que o setor de telecomunicações lidera as reclamações protocoladas no órgão de defesa do consumidor.

O terceiro e o quarto lugar no ranking são ocupados por assuntos financeiros, incluindo bancos e operadoras de cartão de crédito. Os empréstimos nas modalidades pessoal e consignado foram responsáveis por 7,3% das reclamações, enquanto que os cartões de crédito responderam por 6,8% das queixas. 

No levantamento divulgado pelo Procon Assembleia, há uma preocupação externada pelo órgão de defesa dos consumidores.  Trata-se do aumento do número de cidadãos que têm comparecido ao órgão para denunciar golpes financeiros dos quais são vítimas. O Procon não tem o número exato de reclamações porque muitas vezes os consumidores são encaminhados diretamente à Delegacia de Polícia de Defesa do Consumidor. Mas nos primeiros 180 dias do ano foram dezenas de denúncias, nas quais as vítimas são majoritariamente pessoas aposentadas. 

Em nota, o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, faz um alerta aos familiares: “Fiquem atentos às ligações telefônicas recebidas pelos idosos em sua família. Golpistas têm se passado por funcionários de instituições financeiras ou lojas para extraírem informações sigilosas das vítimas e, assim, provocarem desfalques em suas contas bancárias”. O alerta vale também para as mensagens recebidas via celular por SMS ou aplicativos de conversa.

Tecnologia ainda lenta  

Prestes a receber a implantação da rede 5G, um levantamento feito pela Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel) mostra que a internet ainda é muito lenta na capital mineira. O problema, conforme a entidade, ocorre porque o número de antenas e torres para a distribuição do sinal em BH é considerado médio, em uma escala de muito baixa a alta. São cerca de 1.211 estruturas para a transmissão da rede na capital. Considerando o critério de quantidade de antenas por km², Barreiro, Venda Nova e região Norte apresentam nível crítico e têm apenas 2 antenas dentro do perímetro, enquanto Centro-Sul, Pampulha, Noroeste, Leste e Nordeste têm números satisfatórios.  

Quando o assunto é a chegada do sinal para a população, o parâmetro considerado é o de mil habitantes utilizando a mesma rede. Neste sentido, a região Centro-Sul é a única a ter estrutura suficiente para garantir boa conexão, com 565 pessoas dividindo a mesma rede. Em seguida, a Pampulha figura em segundo lugar, mas já com 1.463 cidadãos por antena. Nas últimas posições figuram Venda Nova, com uma proporção de 4.671 moradores por rede e a região Norte com 5.736 pessoas dividindo o mesmo sistema de conexão. 

Confira o ranking com setores mais reclamados no Procon  

  • Telefonia celular:  9,5% das reclamações 
  • Combo (TV, telefone internet):  7,7%  
  • Empréstimo consignado e pessoal:  7,3%  
  • Cartão de crédito (incluindo acordos): 6,8%  
  • Agências de turismo/pacotes:  6,7% 

Fonte: O Tempo