A Universidade Federal de Viçosa (UFV) divulgou, na última terça-feira (02), uma nota sobre a denúncia de assédio moral e lesão corporal por parte de um professor da Física contra alunas da instituição. No comunicado, a UFV informou que as estudantes foram até a reitoria denunciar os fatos e que foram informadas que deveriam fazer uma denúncia formal junto à Unidade Seccional de Correição, indicando os elementos e provas que possivelmente se possa ter sobre o fato para que fosse instaurado um procedimento para investigar o ocorrido.
"A Administração Superior da UFV não se omite diante da necessidade de apuração e investigação de quaisquer fatos que, nas dependências dos campi universitários, atentem contra os princípios que regem a gestão pública. Nesse sentido, jamais nos desviaremos das condutas inerentes à boa governança, dentre as quais é necessário destacar o absoluto respeito aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, pois sem o devido processo legal não pode existir democracia", diz a nota.
A instituição ainda disse que repudia qualquer ato de violência e que seguirá atuando para garantir o bem-estar de toda a comunidade acadêmica.
Um professor de física da Universidade Federal de Viçosa (UFV), na Zona da Mata de Minas Gerais,foi denunciado por assédio moral e lesão corporal contra alunas da instituição. De acordo com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), o professor teria empurrado e puxado para fora de sala as alunas na última sexta-feira (29).
"Os alunos, membros da Chapa 2, Sem Tempo Para Ter Medo, discutiam sobre a conjuntura política quando foram interpelados pelo professor, Gino Ceotto, os mesmos entraram em debate, que culminou com a tentativa, à força, do referido professor em expulsar os alunos de sua aula. Segundo as testemunhas, o professor empurrou e puxou duas alunas para fora da sala de aula, causando além do constrangimento óbvio, marcas em braços e tórax das alunas, conforme averiguado pela polícia militar, no exame de corpo de delito", informou o DCE por meio de suas redes sociais.
O DCE ainda reclamou da censura sofrida pelos estudantes no ambiente educacional.
"É inadmissível que o emprego de violência, seja ela simbólica ou física seja utilizada contra estudantes, sobretudo contra mulheres no espaço universitário. Num país que em 2019 foi o 4º país que mais matou militantes pelos direitos humanos, no país onde mais de 7 mil mulheres foram vítimas de violência não-letal no ano de 2019. Mesmo país onde, a cada 1 hora, 30 mulheres sofrem agressão, não se pode tolerar tamanha atitude machista e reacionária", destaca a nota.
Com informações do O TEMPO.