Com a paralisação, as principais vias que ligam Viçosa à UFV estão fechadas desde o início da manhã, com exceção para ambulâncias e ônibus escolares.
Estudantes da Universidade Federal de Viçosa (UFV) estão realizando, desde às 06h da manhã desta terça-feira (18), uma paralisação contra os cortes orçamentários sofridos pelas Instituições Federais de Ensino Superior. De acordo com Centros Acadêmicos da UFV, tais cortes "afetam a continuidade da universidade enquanto um âmbito público e com sua qualidade no ensino".
Com a paralisação, as principais vias que ligam Viçosa à universidade estão fechadas desde o início da manhã, com exceção para ambulâncias e ônibus escolares. Rodovias e ruas que ligam outras cidades à instituição estão abertas, como a nova P.H Rolfs e pela estrada que liga Viçosa a Paula Cândido. De acordo com a Diretoria de Segurança, a entrada do Acamari permanece aberta.
A manifestação é uma ação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e acontecerá durante todo o dia. Durante a parte da manhã, serão realizadas intervenções artísticas e cartazes e faixas serão confeccionadas. Já na parte da tarde, às 15h haverá uma aula pública nas 4 Pilastras e a partir das 18h será realizado o trajeto de rua, indo da UFV até o centro da cidade.
Vale lembrar que, com a manifestação, a grande maioria dos professores liberaram os alunos das aulas desta terça.
Em nota, o DCE afirma que as universidades públicas representam a possibilidade de um outro projeto de país e, por isso, o atual governo enxerga na educação e nos professores um inimigo.
"As universidades públicas representam a possibilidade de um outro projeto de país, seja pela formulação de pensamento crítico ou pelos avanços científicos nas mais diversas áreas, que se aplicadas, dão as bases para a afirmação de um Brasil soberano em contraste ao projeto de dependência ao imperialismo americano visto de maneira explícita durante o governo de Bolsonaro.
Não é atoa que o governo fascista de Jair Bolsonaro e seu projeto burguês e neoliberal, tem na educação pública, professores e estudantes, um inimigo de estado a ser combatido. Os cortes orçamentários não são recentes, vem de uma estratégia de ataques já observados antes, como em 2019.
A construção de uma outra universidade e um outro país não parte apenas da defesa do que já temos e da reversão dos ataques; o fim do horizonte de transformação radical é uma das principais causas de termos chegados até aqui!
É necessário partir para a contra-ofensiva, que venha de encontro com as necessidades da classe trabalhadora e que reformule não apenas as universidades, mas todo o país numa perspectiva popular e proletária! Nesse dia 18/10 diremos não aos cortes e afirmaremos o projeto de construção de uma universidade que atenda as reais necessidades dos estudantes e da classe trabalhadora brasileira."