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Roberto Andrade é o preferido de Zema para presidir a ALMG
19 de outubro de 2022

Articulações só devem se intensificar após segundo turno das eleições presidenciais

Embora as articulações na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) devam se intensificar apenas após o término da eleição presidencial, o deputado estadual Roberto Andrade (Patriota) desponta como o candidato preferido pelo governo de Romeu Zema (Novo) para ser o presidente da ALMG a partir de 2023.

O Palácio Tiradentes, focado em ajudar na reeleição de Jair Bolsonaro (PL), ainda não se manifestou publicamente, mas deputados que mantêm diálogos com representantes do governo disseram ao Aparte que o preferido, neste momento, é Andrade. Ele tem boa relação com o secretário de Governo, Igor Eto, que é o responsável pela articulação política junto aos parlamentares.

Zema terá papel importante na definição do próximo chefe do Legislativo, já que deve ter o apoio da maioria dos deputados a partir do ano que vem e também conta com a força da máquina administrativa para conquistar votos. O governo quer eleger um aliado para que os reveses do primeiro mandato não se repitam. O atual presidente da Casa, Agostinho Patrus (PSD), sequer pautou a maioria dos projetos de lei apresentados pelo governador.

O deputado estadual Roberto Andrade (Patriota) — Foto: Luiz Santana/ALMG- 12.11.2019

A posição de Agostinho também é outro fator que mexerá com a disputa. Além de ter influência sobre um grupo de parlamentares, ele foi eleito conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Após ser nomeado por Zema, o que ainda não aconteceu, ele tem até 60 dias para tomar posse no novo cargo.

Se Agostinho deixar a presidência até 30 de novembro, uma nova eleição é realizada. Após essa data, quem assume até janeiro de 2023 é o vice, Antônio Carlos Arantes (PL). Ele já se colocou publicamente como candidato a presidente da Casa na eleição que será realizada em fevereiro.

A avaliação nos bastidores é que se Arantes, que também é aliado do governo Zema, sentar na cadeira da presidência, aumentam as chances dele vencer a próxima eleição para o comando do Legislativo. “O pessoal costuma dizer que quando o presidente monta na sela, não sai. É poder”, afirmou um parlamentar ouvido pelo Aparte. Cada deputado pode ser eleito apenas duas vezes consecutivas para a presidência. Cada mandato é de dois anos.

A tradição na ALMG é pela busca do consenso, o que significa que os candidatos raramente se enfrentam em uma eleição aberta. O costume é que se chegue a um consenso e apenas um deputado se apresente, de fato, como candidato. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a indicação de Agostinho  ao TCE. Outros quatro parlamentares demonstraram intenção de se candidatar à vaga, mas acabaram desistindo em prol da candidatura dele.

Outro nome que é ventilado nos bastidores como possível candidato é o de Tadeu Martins Leite (MDB). Ele é do mesmo grupo político de Agostinho, tem boa relação com a oposição e também com o governo Zema. Gustavo Valadares (PMN) também é citado, mas no momento está longe das articulações pois tirou a semana para descansar com a família.

A eleição para a presidência da ALMG será realizada no início de fevereiro, logo após a posse dos novos deputados. É necessário maioria simples, o equivalente a 39 votos, para ser eleito.

Informações O Tempo

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