O Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC-Viçosa), calculado pelo Departamento de Economia da UFV, apresentou inflação de 0,15% em outubro. Esse resultado reverte a tendência de queda nos preços para o consumidor no município, o qual tinha apresentado duas deflações para os meses de agosto e setembro.
Essa tendência de reversão no comportamento de preços foi também observada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE e considerado a medida oficial da inflação no Brasil, o qual apresentou para outubro, inflação de 0,59%, após três deflações seguidas verificadas nos meses de julho, agosto e setembro.
Cesta básica aumentou R$ 32,06
No mesmo sentido, o custo da cesta básica apresentou aumento de 6,30% em outubro de 2022, tendo sido a primeira elevação após três reduções consecutivas. Em termos de valor, no mês de outubro a cesta básica custou ao bolso do trabalhadorR$541,11. Ou seja, R$32,06 mais cara em comparação ao mês de setembro, cujo custo havia sido de R$509,05. Tal aumento foi de 6,30%.
Dos sete grupos que compõem o IPC-Viçosa, seis tiveram variações positivas de preços: Artigos de Residência (5,32%); Educação e Despesas Pessoais (0,77%); Habitação (0,62%); Vestuário (0,56%); Alimentação (0,48%), e Saúde e Cuidados Pessoais (0,39%). O único que registrou variação negativa foi Transporte e Comunicação (-3,04%).
Os vilões da inflação em Viçosa
• Artigos de Residência (5,32%): destacando-se o aumento nos itens Acessórios (12,10%); Eletrodomésticos (10,27%) e Mobiliário (7,35%), com ênfase, respectivamente, na alta de preços para os produtos Travesseiro (17,29%); Ferro elétrico a vapor (26,02%); e Guarda-roupas de madeira (16,95%).
• Educação e Despesas Pessoais (0,77%): ênfase no aumento de preço no item Material Escolar (1,23%). Dentro do item, os destaques foram para os produtos Caneta esferográfica (3,33%) e Caderno espiral - 10 M (1,81%).
• Habitação (0,62%): a inflação deste grupo teve destaque nos itens Material de Limpeza (7,58%) e Outras Despesas (5,17%), com ênfase no primeiro item, para o aumento do Sabão em barra (16,67%) e no segundo item, para Guardanapo de papel pequeno (17,95%).
• Vestuário (0,56%): realce para as variações positivas de preços nos itens Acessórios (13,55%), Calçados (8,58%) e Artigos de Mesa (4,64%).
• Alimentação (0,48%): ressaltando-se a elevação ocorrida nos itens Tubérculos, Raízes e Legumes (10,93%), com ênfase para os produtos Inhame (43,88%), Quiabo (28,18%) e Pimentão verde (25,14%); Panificados (7,56%), com aumento nos produtos Bolo (14,15%), Pão francês (9,46%) e Pão de forma (7,23%); Frutas (6,42%), com destaque para as altas nos produtos Laranja (15,80%), Banana (15,72%) e Maracujá (15,42%); e Bebidas Não-alcoólicas (4,48%), onde os produtos Suco natural (14,51%) e Refrigerante (3,97%) tiveram as maiores altas de preços.
• Saúde e Cuidados Pessoais (0,39%): neste grupo ocorreu aumento de preços principalmente devido às variações positivas nos itens Produtos para Higiene da Boca (15,17%) e Produtos para Cabelo (2,41%).
• Transporte e Comunicação (-3,04%): destaque para a queda de preço nos itens Transporte Coletivo Interurbano (-7,75%) e Transporte Particular (-4,99%) com ênfase, respectivamente, para a redução no preço das Passagens Viçosa/Rio de Janeiro (-12,13%) e Viçosa/Belo Horizonte (-11,11%); e no preço médio do Óleo diesel (-5,23%), da Gasolina (-5,13%) e do Álcool (-3,45%).
Com informações da UFV.