A inflação registrada no mês passado em Viçosa foi a maior desde junho deste ano. A cesta básica também subiu novamente.
Em novembro, o Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC-Viçosa) registrou inflação e a maior variação desde junho: 0,96%. Além disso, o IPC, calculado pelo Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), também apontou um aumento de 2,37% na cesta básica.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPC-Viçosa registra uma alta de 10,11%, tendo registrado de janeiro a novembro de 2022 uma variação de 9,57%.
Seis grupos apresentaram inflação: Vestuário – 3,29%; Alimentação – 2,20% (grupo “com o maior peso no orçamento do consumidor viçosense” e que “mais contribuiu para o valor do Índice no mês”); Transporte e Comunicação – 0,84%; Artigos de Residência – 0,32%; Habitação – 0,18% e Saúde e Cuidados Pessoais – 0,11%. Apenas Educação e Despesas Pessoais apresentou deflação: -0,47%.
No que diz respeito a vestuário, os itens "Acessórios" e "Roupas de Crianças" tiveram as maiores altas, com 10,29% e 8,89% respectivamente. Na alimentação, a cebola e o tomate foram os vilões, com altas de 54,82% e 27,59% respectivamente.
O custo da cesta básica de alimentação aumentou 2,37%, onde 10 dos 13 produtos considerados apresentaram elevação de preço. O destaque foi para o tomate (21,82%) e para a batata inglesa (17,08%), que tiveram ofertas menores. Embora em menor intensidade do que no mês anterior, foi a segunda elevação após três reduções consecutivas.
O valor da cesta básica foi de R$ 553,92, ou seja: R$ 12,81 mais caro em comparação com o mês de outubro. De acordo com o IPC-Viçosa, o trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.212,00 gastou 45,70% da sua renda para adquirir a cesta básica.
O IPC-Viçosa de novembro também apresentou a variação de preços de 37 produtos alimentícios consumidos nas festas de fim de ano. Agrupados em quatro categorias – Carnes e Pescados; Bebidas; Doces, Frutas e Sobremesas e Produtos Diversos –, eles ficaram 16,63% mais caros entre novembro de 2021 e novembro de 2022, o que vai ao encontro do comportamento dos preços do grupo Alimentação, que já acumula alta de 21,53% em 2022 e de 23,03% nos últimos 12 meses.
As variações de preços mais significativas, estão as altas do Peru (83,57%), Bacalhau (46,13%), Tender (42,34%), e do Chester (20,74%). Além disso, o Vinho branco (14,75%) e o Refrigerante 2L (12,68%) também tiveram altas significativas, assim como a Maçã nacional (64,26%), Goiabada (55,84%), Biscoito Champanhe (74,42%), Ameixa preta com caroço (66,77%) e Leite condensado (42,19%).
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Fonte: DEE / UFV