Viçosenses cobram melhorias em infraestrutura e serviços dos postos de saúde
13 de março de 2023

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A audiência pública realizada na última quinta-feira, 9/3, reuniu populares, vereadores e agentes da saúde na Câmara Municipal de Viçosa, para discutir melhorias na saúde pública.

Na última quinta-feira, 9/3, foi realizada a audiência pública na Câmara Municipal de Viçosa para tratar sobre a saúde e os Postos de Saúde da Família (PSFs) do município. Durante a sessão, populares reivindicaram por questões como melhores infraestruturas, atendimento efetivo e reclamaram sobre a demora na fila de espera para a realização de exames.

‘’A população paga imposto e temos direito à saúde pública’’, destacou a moradora do Bairro Santo Antônio, Rosângela Souza, durante a participação popular na Audiência Pública da quinta-feira (09).

A audiência durou quase 3 horas e reuniu moradores do município, vereadores e agentes da saúde. Na ocasião, estavam presentes o Secretário Municipal de Saúde, Rainério Fontes; a Gerente de Departamento de Redes de Atenção à Saúde, Dévola Gouveia; o Procurador da Saúde, Lucas Sathler, a Agente Comunitária de Saúde, Maria Priska de Macedo; a Coordenadora da Atenção Primária, Glaucia Machado e a Enfermeira da Atenção Primária, Angélica Andrade. Além desses, participaram os vereadores Gilberto Brandão (Avante), Robson Souza (Cidadania), Bartomélio Martins (Professor Bartô) (PT), Marco Cardoso (Marcão Paraíso) (PSDB), Marcos Fialho (sem partido) e Rogério Fontes (Tistu) (sem partido).

Durante a participação popular, foram levantados questionamentos a respeito das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), da capacitação de agentes comunitários e da infraestrutura dos PSFs, citando o do Bairro Nova Viçosa. Uma popular destacou sobre a importância da educação continuada para descongestionar os hospitais:

‘’A partir do momento que a população é bem informada, ela sabe onde procurar o recurso que necessita. Ainda estamos muito falhos nisso. A gente sabe que a atenção primária é a porta de entrada da saúde e ela não está funcionando como deveria, isso não é de agora, é de muito tempo’’, ressaltou a popular.

Logo após, uma moradora do Bairro Santo Antônio prestou seu depoimento e falou da sua experiência em relação ao PSF do bairro em questão, revelando que madrugou na porta do PSF e, ao abrir, foi informada de que não haveria médico naquele dia. Ela ainda tornou pública a situação vivenciada com seu marido, que havia uma cirurgia agendada em Ponte Nova e, segundo ela, corria o risco de perdê-la devido à falta de uma assinatura para liberação de um exame de sangue: ‘’eu aprendi apanhando, meu marido perdeu a visão de um olho por causa de exame’’, lamentando, ainda, a falta de informação ‘’o que é Atenção Primária? Será que tem uma divulgação nos PSFs sobre isso? Não tem", lamentou.

Não distante, outra moradora do mesmo bairro questionou sobre tanto se falar em atenção primária, mas que a população, inclusive ela mesma, não entendia sobre as legislações da saúde.

‘’O que foi passado para a população foi que os PSFs iriam surgir para desobstruir as demandas dos hospitais, mas o que a gente vê quando chega é que os hospitais estão lotados porque o PSF oferece dois dias de ficha. Isso não atende a demanda, então você fica 8, 9 horas no hospital esperando e às vezes sai sem atendimento’’, afirmou.

Prefeitura foi questionada

Após as falas de cada representante da saúde, os parlamentares fizeram questionamentos ao Secretário Rainério em relação aos medicamentos de alto custo, aos horários de funcionamento e infraestrutura dos PSFs, se haveria a possibilidade de ampliação da equipe dos postos para possibilitar a extensão do horário, sobre o planejamento da Secretaria de Saúde para abertura de PSFs nas áreas rurais, sobre o baixo número de fichas disponibilizados nos postos e também sobre a necessidade de aprimorar a divulgação em diversos âmbitos da saúde municipal, a fim de informar a população. 

Em relação à infraestrutura dos postos de saúde, Rainério afirmou que há previsão de reforma nos PSFs do Município, com prazo de 60 dias para serem iniciadas, salientando que ‘’o de Nova Viçosa será o primeiro a ser contemplado’’.  Aos questionamentos relacionados à falta de fichas e demanda de exames, o secretário afirmou que ‘’iremos solicitar um rastreio a respeito das fichas. Sobre os exames, temos um protocolo a ser seguido, de preparação do paciente, não é o secretário que delibera qual paciente será atendido, e sim de acordo com a classificação de risco, que estamos atualizando’’. Além disso, Rainério também reforçou a importância da educação continuada e divulgação das informações a respeito da saúde. 

Para conferir o debate com todos os detalhes e informações, CLIQUE AQUI e assista a sessão completa da Audiência.

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