O vereador Daniel Cabral (PCdoB) está sendo acusado de ter cometido assédio moral contra a Assessora Parlamentar, Patrícia Gomes. O posicionamento do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) de Viçosa tornou-se público na última terça-feira, 28/3, durante a Reunião Ordinária.
O CMDM recebeu a denúncia no dia 14/3, quando Patrícia alegou ‘’estar sendo vítima de assédio moral, além de ter tido sua imagem e honra violadas, já que o Vereador Daniel Cabral (PCdoB), em coletiva de imprensa está expondo a servidora da Câmara Municipal, que é dotada do cargo de assessora parlamentar desde 2021’’. Ainda segundo a assessora, estes fatos causaram danos à sua saúde mental e na de seus familiares.
O pronunciamento afirma que ‘’há necessidade de sensibilidade e cautela quando se expõe a vida de uma mulher publicamente. (...) A denúncia das supostas irregularidades praticadas pela denunciante ao ser feita, não deve ressaltar que essa mulher ‘é mulher de alguém’. (...) Diante disso, entendemos que não nos compete, enquanto CMDM, opinar acerca da denúncia de nepotismo ou quanto à suposta quebra de decoro parlamentar por parte de Daniel. Todavia, nos cabe se disponibilizar para apoiar a servidora, acompanhar os encaminhamentos e exigir que a denúncia de uma mulher não seja silenciada’’.
Daniel rebateu as acusações de assédio e salientou que, "em nenhum momento eu fui chamado, ainda, por nenhuma organização ou instituição para falar sobre essas acusações que têm sido feitas a minha pessoa. (...) O que me chama atenção é que até agora ninguém veio a público rebater as minhas acusações em relação ao tráfico de influência’’.
Ele ainda questionou se ‘’durante a coletiva de imprensa foi citada alguma coisa em relação à vida particular, quando foi feita a denúncia dos envolvidos?’’, negando ter falado a respeito da honra da servidora ‘’isso não cabe a mim, estou falando do quesito público’’, reforçou. Em continuação, Daniel justificou que ‘’todos nós servidores públicos, a depender da nossa conduta, estamos suscetíveis a questionamentos. Tem um pedido de cassação à minha pessoa por causa disso’’, questionando, ainda, se todos os vereadores que fizerem uma denúncia a um servidor, por exemplo, também seriam cassados.
O Vereador Daniel Cabral (PCdoB) expôs, em uma coletiva de imprensa no dia 13/2, que o cargo de Assessoria Parlamentar da Câmara de Viçosa é ocupado por Patrícia Gomes, a qual é esposa do Secretário de Administração e Planejamento Estratégico da Prefeitura de Viçosa, Luan Campos. Em relação ao caso, o Vereador Daniel afirmou estar preocupado com o vínculo direto com o Executivo, visto o papel desempenhado pelo secretário, de representar os Prefeito Raimundo Nonato (PSD), em diversas reuniões. Além disso, Daniel retratou o comportamento impessoal da servidora, que segundo ele, interfere diretamente nas reuniões e assessora apenas o presidente da Casa, enquanto ‘deveria auxiliar os demais parlamentares’.
Ele ainda encaminhou ao Ministério Público uma denúncia contra o atual presidente da Câmara, Rafael Cassimiro (PSDB), o acusando de Tráfico de Influência e Nepotismo.