Título foi conferido mediante a lei aprovada na última terça, 9. A lei foi assinada pelo governador em exercício, o presidente da Assembleia Legislativa Tadeu Martins Leite (MDB).
"Fica conferido ao Município de Viçosa o título de Capital Estadual do Doce de Leite. Art. 2º – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Belo Horizonte, aos 8 de maio de 2023; 235º da Inconfidência Mineira e 202º da Independência do Brasil", afirma o documento.
Publicada nesta terça-feira, 9, a lei que confere o título à Viçosa como capital estadual do doce de leite. A lei foi assinada pelo governador em exercício, o presidente da Assembleia Legislativa Tadeu Martins Leite (MDB). Tadeuzinho, como é chamado pelos colegas, comanda o poder Executivo estadual até hoje visto que Romeu Zema eseu vice Mateus Simões estão em viagem.
E não é a primeira vez que Viçosa ganha relevância por conta do doce. Em janeiro de 2022, foi sancionada a Lei nº 24.033, que reconhece como de relevante interesse cultural do Estado de Minas Gerais o processo de fabricação do Doce de Leite Viçosa, produzido pelo Laticínio Escola da Fundação Arthur Bernardes – Funarbe, da UFV
HISTÓRIA
A história do Doce de Leite Viçosa remonta aos anos 1980, quando a Usina Piloto de Laticínios da UFV – criada com o objetivo de ser um laboratório de apoio às aulas práticas sobre leite e derivados do Departamento de Tecnologia de Alimentos – passou a ser gerenciada pela Funarbe. Inicialmente, a produção do doce se destinava apenas ao consumo dos estudantes e clientes do refeitório da instituição de ensino.
O produto foi lançado no mercado local em 1988, com a denominação “Doce de Leite em Pasta Funarbe”, e, em 1992, passou a ser comercializado como Doce de Leite Viçosa, em função da adoção da marca “Viçosa” pelo Laticínio Escola. Assim, desde 2000, quando participou pela primeira vez do Concurso Nacional de Produtos Lácteos, vem divulgando o nome do município e da universidade pelo país. Em todas as edições de que participou, foi premiado entre os três primeiros colocados. E em 2019 se tornou recordista no concurso, ao ser vencedor pela décima vez.
Em entrevista concedida em 2020 à Agência de Notícias Brasil-Árabe, o gerente-geral do laticínio afirmou que o doce representava entre 55% e 60% do volume de produção da empresa, totalizando cerca de 60% de seu faturamento total – que não tem fins lucrativos, mas destina-se à universidade e aos processos de melhoria da fundação. Na mesma ocasião, ressaltou que o doce de leite estava em processo de adequação para obter a certificação internacional que viabilizaria a exportação do produto, atendendo a uma demanda crescente por parte de comerciantes de outros países – certamente relacionada às sucessivas premiações nacionais.
Informações do Jornal Folha da Mata