Ipsemg faz alerta sobre principais cuidados, sintomas, meios de transmissão e diagnóstico.
O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), por meio da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), preocupados com a recorrência dos casos de febre maculosa no país, faz um alerta aos beneficiários e toda a população, por meio dos canais virtuais do instituto, sobre os principais cuidados, sintomas, meios de transmissão e diagnóstico.
A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril, aguda e de gravidade variável, transmitida muitas vezes pela picada do carrapato estrela. Os sintomas costumam ser repentinos: febre, em geral alta; cefaleia; dor no corpo intensa; mal-estar generalizado; náuseas e vômitos.
“Como os sintomas iniciais podem se confundir com outras infecções agudas como a dengue, infecções abdominais ou viroses, é muito importante ficar atento à exposição da pessoa em ambientes propícios a ter carrapatos, como parques ecológicos, sítios, zoológicos, dentre outros” explica a médica infectologista do HGIP, Fabiane Scalabrini.
Fabiane Scalabrini ainda acrescenta que não é necessário ter visto a picada do carrapato, mas sim, ter estado em locais onde a presença do parasita é provável. “É recomendado verificar se os locais de residência, trabalho ou lazer correspondem a áreas de possível transmissão da febre maculosa. Observar se existe alta infestação de carrapatos no local visitado; criação de animais domésticos, como cães e cavalos; e presença de animais silvestres como capivaras e gambás” completa a médica.
Quando se iniciam os sintomas é indispensável que a pessoa procure o médico para investigação da doença e tratamento com antibiótico adequado.
Febre maculosa no país e devidos cuidados
De acordo com os dados divulgados em 23/6 pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o estado já registrou 11 casos de febre maculosa neste ano, desses, quatro resultaram em morte, o que acende o sinal de alerta para a proteção da população frente à doença e os cuidados necessários.
No Brasil, até junho deste ano, já foram confirmados 53 casos da doença, e as regiões de maiores concentrações são Sudeste e Sul do país, isso segundo o Ministério da Saúde. Vale reforçar que, pessoas que estiveram em regiões propícias à transmissão da febre maculosa e que estejam apresentando os sintomas conforme listados, é importante buscar atendimento médico nos serviços de saúde como postos e hospitais, para que seja feito o diagnóstico o mais rápido possível e, caso ocorra a confirmação da doença, seja realizado a intervenção devida.
Para aqueles que frequentam áreas em que o parasita hospede, o ideal é usar roupas claras e calçados fechados, além de proteger os animais de estimação e manter a higiene dos canis, das vasilhas de ração e água, dentre outros.
A Vigilância Epidemiológica, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Viçosa, comunica que um dos casos suspeitos de febre maculosa no município foi descartado, após resultados de exames realizados por um dos pacientes.
No dia 20 de junho havia sido divulgado a existência de dois casos suspeitos da doença no município. Os casos estavam em investigação e um deles foi descartado por critério laboratorial para outro agravo. O segundo paciente segue em investigação.
Em investigação dos casos suspeitos, a Vigilância Epidemiológica identificou que os pacientes iniciaram o tratamento imediatamente ao serem atendidos pelas Unidades de Saúde do município e como os casos não evoluiram para uma forma grave da doença, não necessitaram de hospitalização.
A Vigilância Ambiental realizou a Vigilância da Febre Maculosa com ação de coleta dos carrapatos identificados nas localidades rurais do município com suspeitas de contaminação para envio e análise ao laboratório de referencia da Fundação Ezequiel Dias (FUNED) em Belo Horizonte, para confirmação ou descarte do outro caso em investigação.
A Vigilância Epidemiológica informa que a ocorrência de suspeita ou confirmação de eventos de saúde pública, doenças e agravos listados, de acordo com a portaria vigente (PRC 4, de 28 de setembro de 2017, (Origem: PRT MS/GM 204/2016), e/ou a notificação de surto, são de comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
De acordo com Portaria 204, de 17 de fevereiro de 2016, Art. 8º, as autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em geral.