A mãe amamentava a filha no sofá da residência do casal quando ambas foram agredidas com chutes e chineladas.
O Tribunal do Júri de Manhumirim, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), proferiu uma sentença condenatória de 32 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, para o homem acusado de agredir e matar sua filha de apenas três meses. A juíza responsável pela decisão ressaltou a gravidade do crime e a periculosidade do réu, justificando a manutenção da prisão preventiva para garantir a ordem pública.
O promotor de Justiça Vinícius Bigonha representou o MPMG durante a sessão do Júri, que ocorreu nesta quinta-feira.
Segundo a denúncia do MPMG, no dia 29 de abril de 2022, no bairro Cidade Jardim, em Manhumirim, o acusado, movido por motivo fútil e em meio a um contexto de violência doméstica, agrediu brutalmente sua filha de três meses, resultando em traumatismo craniano e, consequentemente, na morte da bebê. Durante o mesmo episódio, ele também agrediu sua companheira com chutes e chineladas.
As investigações apontam que o crime ocorreu enquanto a mãe amamentava a filha no sofá da residência do casal. Movido por ciúmes, o homem começou a agredir ambas com chutes e chineladas, levando a criança a bater a cabeça várias vezes no encosto do sofá.
Horas depois, a bebê foi levada ao Hospital Padre Júlio Maria, apresentando sinais de espuma na boca e no nariz. A equipe médica constatou a gravidade das lesões, incluindo hematomas pelo corpo e marcas de mordida, resultando em traumatismo cranioencefálico. Apesar dos procedimentos médicos, a menor não resistiu e veio a falecer.
Na denúncia, a 1ª Promotoria de Justiça de Manhumirim acusou o homem pelos crimes de lesão corporal, homicídio qualificado por motivo fútil e feminicídio, configurando violência doméstica e familiar, além de ocorrer na presença da filha.
Fonte: MPMG