O jornal O Tempo, de Belo Horizonte, destacou o trabalho da UFV, que está ajudando no reflorestamento da região de Brumadinho (MG). A área foi gravemente afetada pelos rejeitos do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, em janeiro de 2019.
A reportagem do jornal apresentou a técnica desenvolvida por pesquisadores do Departamento de Engenharia Florestal para resgatar o DNA da vegetação local. Uma força-tarefa de pesquisadores da Sociedade de Investigações Florestais (SIF), da Universidade Federal de Viçosa (UFV), criou técnicas de reflorestamento que tiveram sucesso em devolver a biodiversidade à área devastada pela lama em um período recorde de seis a onze meses.
Assim, por meio de indução do florescimento precoce, o trabalho da equipe da UFV poderá acelerar em 10 anos o florescimento e a frutificação de árvores nativas.
“Se você abandonar uma área e esperar a regeneração natural, a restauração pode demorar 20, 30 anos, muito mais tempo. Em Brumadinho, é muito favorável. Apesar do impacto, o território fica próximo a remanescentes florestais que estão jogando sementes ali, e estamos atuando com diversas técnicas. Em 10 anos, essa nossa floresta já vai poder crescer e se desenvolver sozinha”, conta Sebastião Venâncio Martins, coordenador do Laboratório de Restauração Florestal da UFV e orientador técnico da restauração florestal em Brumadinho.
Sebastião destaca ainda que, em áreas diretamente atingidas, o processo é um pouco mais lento por causa do rejeito. “Tem que tirar todo o rejeito, e depende da liberação dos bombeiros. Só depois que os bombeiros liberam a área que entramos com a restauração”, explica.
Informações por UFV e O Tempo (BH)