Universidades expressam indignação quanto ao orçamento de 2024 em nota pública
26 de dezembro de 2023

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Após perdas de quase 5% em relação a 2023, as universidades federais criticaram a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 aprovada pelo Congresso Nacional na última sexta (22).

Em nota pública veiculada nas redes sociais de diversas instituições, como a UFV, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) reivindica um acréscimo de, no mínimo, 42% dos valores aprovados para o próximo ano, o que representaria um orçamento de R$ 8,4 bilhões.

De acordo com a peça aprovada pelo Congresso, o orçamento das universidades federais, que, neste ano, foi de R$ 6,2 bilhões, será de R$ 5,9 bilhões em 2024, inferior até mesmo ao inicialmente previsto. “Mesmo após diversas reuniões da Andifes com lideranças do governo federal e do Congresso, a redução se acentuou ainda mais na LOA aprovada, resultando no montante de R$ 5,9 bilhões para as universidades federais, ou seja, valor R$ 310 milhões menor do que o Orçamento de 2023”, critica a associação.

Vale destacar que o Reitor Demetrius David da Silva (UFV) é presidente da Comissão de Financiamento das Universidades Federais da Andifes e esteve presente em diversas articulações com o poder público para garantir mais recursos.

A Andifes pede a recomposição “urgente” dos recursos do orçamento das universidades, que, segundo ela, são “imprescindíveis para custear, entre outras despesas, água, luz, limpeza e vigilância, e para garantir bolsas e auxílios aos estudantes”. “Após estudos técnicos que consideram a difícil situação econômica do país, reafirmamos a necessidade de acréscimo de, no mínimo, R$ 2,5 bilhões no orçamento do Tesouro aprovado pelo Congresso Nacional”, aponta.

A associação, que reúne 69 universidades federais, ainda argumenta que, nos últimos anos, as universidades federais têm enfrentado redução sistemática dos recursos de custeio e investimento. “Simultaneamente, houve aumento do número de universidades, localizadas principalmente no interior do país, e do número de vagas e de cursos de graduação e de pós-graduação”, defende a associação.

Informações por O TEMPO e UFV