Todos os meses, Minas Gerais registra uma média de 354 acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), no ano passado foram 4.256 ocorrências dessa natureza.
Se os números já causam preocupação em especialistas e na população em geral em todas as épocas do ano, o período carnavalesco acendem um alerta ainda maior. Conforme profissionais que atuam na área de trânsito, com a folia vem o consumo maior de álcool e, consequentemente, o aumento de acidentes, muitos deles fatais. Apesar das fiscalizações, multas e possibilidade de prisão do infrator, a situação está longe de se tornar incomum.
O diretor Científico da Associação Mineira de Medicina do Tráfego (Ammetra), Alysson Coimbra ressalta que são diversos os efeitos do álcool na mente dos condutores.
“O álcool é uma substância psicoativa que altera a capacidade de julgamento. A pessoa perde a percepção dos riscos do que ela está fazendo. Com isso, pode acabar dirigindo acima da velocidade e avançando sinais, por exemplo. Além disso, o álcool altera os reflexos, o tempo de reação e, consequentemente, estimula a adoção de outros atos infracionais, como a ultrapassagem e a conversão proibidas”, ressalta.
Dirigir embriagado é uma infração gravíssima. Além da previsão de multa de R$ 2,934,70, há a instauração de processo administrativo para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por 12 meses. Caso haja reincidência no período de um ano, o valor da multa é dobrado. Já a CNH, é cassada. O infrator ainda está sujeito a detenção de seis meses a três anos.
No entanto, para as vítimas e para os causadores desse tipo de acidente, a punição pode ser muito maior do que isso, com a perda de algo infinitamente mais valioso: a vida.
Informações por O Tempo