O Dia Internacional da Mulher teve uma celebração diferente este ano para 10 meninas de escolas públicas de Viçosa e Teixeiras. Elas foram escolhidas para participar de um projeto que visa capacitar alunas do ensino médio na cadeia produtiva de fármacos a partir da biodiversidade brasileira.
Os projetos mais inovadores terão apoio de empresas para serem executados. Na prática, as ideias podem virar fármacos ou cosméticos obtidos a partir de produtos naturais e até chegar ao mercado em breve. A partir da experiência prática, as meninas têm a oportunidade de se apaixonarem pela ciência e se tornarem pesquisadoras em um futuro próximo.
As 10 alunas de ensino médio selecionadas receberão bolsas do Programa de Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr). Os grupos de estudantes deverão montar uma proposta com caráter inovador para o desenvolvimento de insumos obtidos a partir de produtos naturais.
A ideia selecionada será colocada em prática e, em seguida, será feita a identificação dos compostos do extrato e a confecção do protótipo. “A partir do protótipo, faremos testes in vitro para demonstrar o efeito biológico e, logo após, a apresentação dos produtos para as empresas nacionais e internacionais e para o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Paulo e Minas Gerais, todos parceiros desta proposta”, explicou a professora Reggiani Vilela, coordenadora do projeto.
Além da professora Reggiani Vilela Gonçalves, do Departamento de Biologia Animal (DBA), também coordena a iniciativa a pesquisadora Eduarda Pires Costa, do Departamento de Biologia Celular (DBG) da UFV. Por ser multidisciplinar, envolve pesquisadoras de laboratórios de diversas áreas das Ciências Naturias para preparar mulheres e meninas para atuar na indústria nacional de produção de insumos.
Em 2023, os professores e pesquisadores responsáveis pelos laboratórios treinaram estudantes de graduação e pós-graduação em conhecimentos sobre desenvolvimento de insumos e fitoterápicos contendo produtos de origem natural como bioativos. “Elas foram as disseminadoras da semente do conhecimento para as alunas das escolas públicas municipais e estaduais, por meio de workshops, palestras e gincanas”, lembrou a professora Reggiani.
Divulgação Institucional UFV