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Reitoria se reune com movimento grevista e discute reinvidicações
18 de março de 2024

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De acordo com o reitor Demetrius, a UFV seguirá com seu semestre letivo pelo risco eminente de evasão em caso de interrupção das aulas. No entanto, esclareceu que as atividade seguirão "sem desrespeitar o movimento de greve dos TAE”.

Na última sexta-feira (15), o reitor Demetrius David da Silva recebeu, na reitoria, representantes do Comando Local de Greve (CLG) dos servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs) da UFV. Desde o dia 11 de março, conforme ofício enviado pela Associação dos Servidores Administrativos da UFV (ASAV) à reitoria no dia 7, a categoria está em greve por tempo indeterminado.

Entre as reivindicações do movimento está a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), incluindo sua recomposição salarial. De acordo com os representantes do CLG, a “situação vivenciada pelos TAEs tem se tornado cada vez mais crítica após muitos anos sem reajuste, o que tem levado, além de um estrangulamento financeiro pela defasagem salarial, a uma constante desvalorização da carreira”. A categoria solicitou ainda o apoio da reitoria ao movimento.

O professor Demetrius destacou que a valorização da carreira dos TAEs é justa, importante e ultrapassa a necessidade de reestruturação do PCCTAE, mas a própria sobrevivência do ensino superior público. Estamos há muito tempo dizendo que o maior problema das universidades federais hoje, em especial a UFV, está relacionado à constante diminuição de seu quadro de servidores. Além de trazer sérias consequências para o funcionamento das instituições, a extinção de cargos, a não realização de concursos e desvalorização da carreira impactam substancialmente todo o funcionamento da Universidade”, expôs o reitor.

Outro problema vivenciado pelas universidades e destacado na reunião é a crescente evasão dos estudantes:Temos acompanhado, ano a ano, uma queda no preenchimento das vagas para ingresso no ensino superior público e o aumento da evasão dos nossos alunos”. Por isso, conforme informou Demetrius ao CLG, “a Universidade irá trabalhar para manter o semestre letivo, já que a interrupção das aulas traria consequências muito negativas para esse cenário, mas sem desrespeitar o movimento de greve dos TAE”.

O reitor informou ainda que a Administração da UFV continuará à disposição para dialogar com a categoria, auxiliando no que for possível, e que espera manter um “canal de diálogo de forma ética e transparente, com colaboração de todas as partes envolvidas”.

Vale destacar que, até o momento, não há atualizações sobre conversa semelhante com os professores desde a aprovação do Indicativo de Greve na assembleia da Aspuv na última quinta (14).

Divulgação Institucional UFV