O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Educação (MEC) se reuniram e assinaram um termo de reajuste salarial com professores de universidades e institutos federais , na noite de segunda (27). Nesse acordo, valerá a última proposta de governo, de reajuste da faixa de 13,3% a 31%.
A recomposição para 2024 não será do salário, mas de benefícios como auxílio alimentação e auxílio saúde. O Andes-SN, sindicato do qual a ASPUV faz parte, não assinou o termo e segue em greve com suas reinvidicação, enquanto os professores da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) retomaram as aulas com o acordo fechado.
Existe sinalização do governo para reunião com o Andes na próxima segunda-feira (3), quando o governo deverá dar a mesma resposta à contraproposta, de que não existe mais espaço orçamentário para negociação.
Segundo o MGI, as instituições que não assinaram o acordo terão esse prazo adicional para levarem novamente a proposta para suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente. “Eu deixei claro que nós chegamos no nosso limite, de acordo com os limites orçamentários do arcabouço fiscal e que, portanto, a proposta que será reafirmada é a proposta assinada aqui hoje”, salientou José Lopez Feijóo, secretário de Relações do Trabalho do MGI.
Feijóo ressaltou ainda que todas as categorias sabem que não será possível reajuste salarial em 2024 e disse que em 2024 o reajuste não é zero, porque houve impacto de R$ 4,5 bilhões neste ano do reajuste concedido no ano passado, além do impacto de R$ 3 bilhões no reajuste nos benefícios.
O presidente do Andes, Gustavo Seferian, reclamou da negociação.
“O governo federal acaba de dizer que vai assinar o acordo com o Proifes, numa reunião secreta. É a consumação de uma farsa, de um golpe, que estava se dando neste local, aqui no prédio da MGI”, afirmou. “Temos necessidade de reconhecer que a nossa luta continua. O (José) Feijóo (escolhido por Lula para negociar com servidores) está rasgando a história de defesa da democracia, que movimento sindical em anos de ouro pode ter no nosso país, tá rasgando o respeito do Lula”, concluiu.
Informações por Metrópoles e ANDES-SN