Em nota o hospital de Ponte Nova informou que "mudança de referência necessita da anuência do prestador do serviço, que precisa afirmar se tem a capacidade de absorver a demanda."

Desde a nota de fechamento da materninade (pediatria e obstetrícia) do Hospital São Sebastião por tempo indeterminado a partir da sexta (07), informações preliminares indicavam que gestante seriam atendidas no Hospital Nossa Senhora das Dores, em Ponte Nova.

O Primeiro a Saber recebeu essa informação em primeira mão em entrevista com a vereadora Jamille Gomes durante o Jornal da Montanhesa, na última quinta-feira, 6 de junho. Por telefone, a parlamentar nos informou logo após uma reunião entre a Comissão de Saúde da Câmara, o Secretário de Saúde Rainério Fontes e dirigentes dos hospitais.

Durante o final de semana, informações começaram a circular de que duas grávidas teriam sido encaminhadas do Hospital São Sebastião ao Hospital Nossa Senhora das Dores, de Ponte Nova, e lá tiveram o atendimento negado.

O vereador Daniel Cabral forneceu a imprensa detalhes que ele teve acesso sobre o caso de uma das grávidas. Segundo o relato, a gestante, quando chegou ao Hospital Nossa Senhora das Dores teve atendimento negado devido a superlotação das UTI neonatal da instituição. De acordo com a nota ofical emitida, a mudança no referenciamento não foi discutida com a instituição pontenovense.

"Na sexta-feira, 07 de junho, a Irmandade do Hospital de Nossa Senhora das Dores tomou conhecimento, de maneira não oficial, sobre a possível destinação de gestantes em trabalho de parto na microrregião de Viçosa para a instituição.

A medida seria necessária diante da suspensão, por tempo indeterminado, dos serviços da maternidade do Hospital São Sebastião. Essa determinação consta em um Plano de Contingência Emergencial, aprovado durante a reunião do Comitê Gestor Regional das Urgências da Rede de Atenção à Saúde (RAS) Leste do Sul. Esclarecemos que essa reunião aconteceu sem a participação do HNSD.

A proposta de mudança de referência necessita da anuência do prestador do serviço, que precisa afirmar se tem a capacidade de absorver a demanda."

Ainda segundo informações preliminares fornecidas pelo vereador, a cesariana da gestante ocorreria na manhã do sábado (08), procedimento que não foi possível por conta do problema logístico. Já na manhã do domingo dia 09, a familía, em busca de realizar o procedimento em Viçosa, novamente não pode ser contemplada em virtude do fechamento da pediatria.

Não há demais informações sobre o estado da gestante em questão, seguimos apurando o caso para saber os desdobramentos. Além disso, também entramos em contato com o Secretário Rainério Fontes e com um dos dirigentes do Hospital Nossa Senhora das Dores para obter mais informações dos outros lados da história. Até o momento do fechamento da matéria, não houveram respostas do caso. Seguimos aguardando o retorno.

Matéria em atualização