Rádio Montanhesa

Rádio Q FM

TV Montanhesa

Live Rádio Q FM

Anuncie


Greve dos técnicos-administrativos: negociações avançam, mas greve continua
12 de junho de 2024

'}}

Apesar de reconhecer o avanço na proposta, os TAE'S afirmam que ainda está aquém da recomposição requisitada, que segue o regime inflacionário. Além disso, crítica a decisão do governo de investir na abertura de novos campi.

Após 90 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação (TAEs), ocorreu, nesta terça-feira (11/6), a 6ª rodada de negociação da mesa específica entre as entidades da categoria e o governo federal, representado pelo secretário de Relações do Trabalho, José Lopez Feijóo.

De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), a nova proposta prevê reajuste médio de 29,6% em quatro anos, já contando o reajuste geral de 9% dado a todos os servidores federais no ano passado, além de progressão de 4% a partir de 2026. O reajuste final ficou entre 25% a 44% dependendo da classe e do nível na carreira, segundo a pasta. A proposta anterior previa reajuste médio de 28%, sem aumento no percentual da progressão de carreira (nível salarial). 

Na avaliação do secretário de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão, José Lopez Feijóo, após a sexta rodada de negociação com os servidores, houve uma evolução na oferta do governo.

TAEs e professores federais protestam em frente ao MGI durante negociações (foto: Perci Marrara/Sintfub)

Outras pontos na proposta do governo são :

  • Novas adesões ao Plano de Carreira dos Cargos Técnico-administrativos em Educação (PCCTAE);
  • Criação de grupo de trabalho para regulamentar o Reconhecimento de Saberes e Consequências (RSC) no âmbito da CNSC-MEC;
  • Aumento no step no desenvolvimento da carreira, atualmente em 3,9%, para 4,0% em 2025 e 4,1% em 2026;
  • Revisão de horários, plantões e funcionamento da folha de ponto.

Apesar das melhorias nas condições de trabalho, a proposta salarial do governo não foi alterada. Agora, as entidades discutem nas assembleias de base para definir pela aprovação ou não das novas proposições. A decisão deve ser tomada até o final da próxima semana. Enquanto isso, a greve continua.

Além de rejeitarem a proposta salarial, alegando estar aquém do necessário para recompor as perdas da categoria, os representantes sindicais criticam o anúncio do governo de injetar recursos e construir novas instituições de ensino: “já nasce fadado a não ir para frente”.

"O governo anuncia o prédio, mas o prédio só é importante se ele funcionar. E, para funcionar, ele precisa de gente, de docente e técnico-administrativo em educação valorizado e com salário digno”, defendem os representantes da FASUBRA

Informações por Agência Brasil e Correio Braziliense