A vereadora também comentou sobre os ataques recebidos durante a última reunião Ordinária da Câmara Municipal de Viçosa, realizada na segunda-feira (04/10).

No sábado, 5 de outubro, um dia antes das eleições municipais no Brasil, a Câmara dos Vereadores de Viçosa aprovou um aumento de 50% nos subsídios destinados aos próprios vereadores. A medida, que entrará em vigor a partir do próximo mandato (2025-2028), foi aprovada por 4 votos a 3, e desde então tem gerado grande repercussão, especialmente nas redes sociais. A vereadora Vanja Honorino (UNIÃO), que votou a favor da proposta, se tornou alvo de críticas e ataques.

Na segunda-feira (14), durante a reunião ordinária da Câmara, Vanja foi um dos principais alvos de manifestações públicas contrárias ao reajuste, sendo acusada de apoiar um aumento que muitos consideram desproporcional. Em resposta, a vereadora compareceu à Rádio Montanhesa na terça-feira (15) para esclarecer sua posição e defender sua decisão.

Na entrevista ao Jornal da Montanhesa, Vanja explicou que o aumento dos subsídios dos vereadores estava previsto na legislação brasileira, fazendo referência ao artigo 29, §6º da Constituição Federal, que estipula que os salários dos vereadores podem chegar a até 40% do salário dos Deputados Estaduais. Ela argumentou que o teto máximo que poderia ser proposto em Viçosa seria de mais de R$ 14 mil, mas garantiu que não aprovaria um valor tão elevado. “Isso não é algo que a vereadora Vanja inventou, isso está na lei…”, declarou.

Além disso, na entrevista a vereadora informou ainda que afirmou que a aprovação do aumento no sábado foi uma forma de evitar que os vereadores ficassem mais quatro anos sem reajuste, já que o último ocorreu em 2012. “Se não fizesse naquele dia, seria nos próximos quatro anos. E no caso, já haviam 12 anos sem reajuste, então se tornariam 16”, explicou a vereadora, defendendo que o momento era oportuno, apesar da proximidade das eleições.

Durante a entrevista, a vereadora também comentou os ataques pessoais que sofreu durante a sessão da Câmara, destacando que, além da instituição, ela foi diretamente visada. “Parece que a bola da vez não é só a Câmara, mas eu sou o alvo... o que eu posso dizer é que a democracia, ontem, foi desrespeitada”, lamentou Vanja, criticando a falta de espaço para sua fala durante a reunião.

Em relação à ausência de sete vereadores na sessão extraordinária que aprovou o aumento, Vanja mencionou que enviou mensagens em um grupo de WhatsApp dos vereadores convocando todos para a reunião. Segundo ela, o aumento dos subsídios não estava inicialmente na pauta, mas sim a denominação de uma via pública e outra questão sobre a utilização de verbas para eventos. Ela ressaltou que, de acordo com o regimento interno da Câmara, é permitido incluir pautas durante as reuniões, desde que seja de interesse de todos os presentes.

A polêmica segue repercutindo entre os moradores de Viçosa, especialmente em meio às críticas ao momento escolhido para a votação e ao valor do aumento aprovado.

Veja a baixo a edição desta terça-feira, 15, com a entrevista completa da vereadora Vanja: