A questão central que se impõe é: por que uma linha férrea sem uso permanece exposta em uma área de tráfego intenso na cidade?
A linha férrea exposta na Rua Benedito Valadares, localizada na parte baixa do Balaústre, no centro de Viçosa, tem sido palco de constantes acidentes de trânsito, especialmente envolvendo motociclistas. Em dias de chuva, o problema se agrava, transformando a área em um verdadeiro “escorrega e cai”, segundos relatos de quem utiliza a via regularmente.
A questão central que se impõe é: por que uma linha férrea sem uso permanece exposta em uma área de tráfego intenso na cidade?
De acordo com o coordenador do Trem das Serras de Minas Gerais, Jershon Morais, a linha férrea é protegida pela Lei nº 23.230, sancionada em 2019, que permite a preservação das linhas ferroviárias como de relevante interesse cultural do estado de Minas Gerais. Isso significa que qualquer tentativa de remoção ou alteração de linha pode gerar deliberações legais.
No entanto, mesmo sendo um Patrimônio Histórico e Cultural, a exposição da linha está diretamente relacionada a diversos acidentes de trânsito, que incluem quedas de motociclistas, derrapagens de bicicletas e tropeços de pedestres.
A reportagem reuniu usuários da via que vivem diariamente os riscos pela linha férrea:
A linha exposta traz riscos evidentes:
Embora a legislação proíba a retirada das linhas férreas, existem alternativas viáveis para conciliar a preservação do patrimônio histórico com a segurança da população:
A linha férrea exposta na Rua Benedito Valadares é um exemplo claro de como o conflito entre patrimônio histórico e segurança pública pode gerar impasses. Enquanto as legislações estaduais priorizam a preservação,ações imediatas e eficazes .
Preservar a história é fundamental, mas não pode ocorrer ao custo de vidas e à segurança no trânsito. Adaptações como cobertura e sinalização são medidas urgentes para evitar que o local continue sendo um ponto crítico de acidentes na cidade.