A operação investiga uma associação criminosa entre ex-presidentes da câmara, um ex-diretor financeiro, funcionários públicos e empresários para lavar dinheiro e fraudar licitações.
Na manhã desta terça-feira, 26 de novembro , o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) , em ação conduzida pelo Gaeco da Zona da Mata , unidade de Visconde do Rio Branco, e pela Promotoria do Patrimônio Público de Muriaé , deflagrou a Operação Mãos Invisíveis , que investiga uma possível associação criminosa formada por ex-presidentes da Câmara Municipal de Muriaé, um ex-diretor financeiro, servidores públicos e empresários. A operação visa apurar crimes de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações .
As investigações apontam para a formação de um “consórcio de empresas fraudulentas” criado por empresários e agentes públicos em conluio com dois vereadores e um diretor financeiro da Câmara Municipal de Muriaé. Segundo o MPMG, empresas de fachada foram registradas em nome de “laranjas” para frustrar processos licitatórios nos municípios da região, especialmente no setor de construção civil.
Após as contratações com o poder público, os recursos eram movimentados por meio de contas de terceiros, caracterizando lavagem de dinheiro .
Com o apoio das Polícias Civis e Militares , foram cumpridos 14 mandatos de busca e apreensão nas cidades de Muriaé, Vieiras e Juiz de Fora . A ação é uma continuidade das investigações das Operações Catarse 1 e Metástase 2 , realizadas nos anos anteriores, que desvendaram um esquema amplo de corrupção envolvendo políticos e empresários.
O esquema revelou um complexo sistema de desvio de recursos públicos por meio da criação de empresas de fachada e ocultação de patrimônio. A operação demonstra a continuidade e a sofisticação dos crimes investigados, que vêm drenando recursos dos cofres públicos em benefício de um pequeno grupo.
As investigações seguem com análise dos materiais apreendidos e oitivas dos envolvidos. O MPMG reforça a importância da colaboração da população, que pode denunciar irregularidades anonimamente pelo Disque-Denúncia 181 .
Fonte: MPMG