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Operação Libertas resgata 755 animais e cumpre 84 mandados contra o tráfico de fauna em 11 estados
30 de outubro de 2025

Ação nacional coordenada pelo MPMG e pela Abrampa resultou em 19 prisões e resgate de mais de 300 animais em Minas Gerais

A Operação Libertas, deflagrada nesta quarta-feira, 29 de outubro, em onze estados brasileiros, resultou na prisão de 19 pessoas e no resgate de 755 animais silvestres. A ação teve como foco o combate ao tráfico de fauna, com cumprimento de 84 mandados judiciais em diferentes regiões do país.

Coordenada pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a operação contou com apoio de órgãos ambientais, polícias e entidades parceiras. O financiamento foi realizado pelo Escritório de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação de Lei dos Estados Unidos (INL) e contou com a colaboração da Freeland Brasil.

As investigações identificaram crimes de tráfico de animais, receptação, falsificação de documentos, maus-tratos, organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Durante a ação, foram apreendidos 37 celulares, quatro armas, 1.230 munições, 20 gaiolas, sete armadilhas, três transportadores e um veículo.

Em Minas Gerais, três pessoas foram presas em flagrante, 39 alvos investigados e 51 mandados de busca cumpridos. Foram resgatados 337 animais, sendo 313 aves, 16 répteis e oito mamíferos, em municípios como Betim, Montes Claros, Juiz de Fora, São Miguel do Anta, Cataguases e Desterro de Melo. Também foram apreendidos 18 celulares, 20 gaiolas e 1,5 metro cúbico de madeira nativa.

Entre as espécies recuperadas estão trinca-ferros, curiós, canários-da-terra, papagaios e araras, algumas ameaçadas de extinção. Os animais foram encaminhados ao Ibama e a centros estaduais de reabilitação para tratamento e eventual retorno à natureza.

A Operação Libertas também integra a segunda fase da Fauna Protegida, conduzida pelo Ministério Público da Bahia. As investigações apontam uma rede interestadual com atuação em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, responsável pela comercialização de milhares de animais silvestres por ano. O grupo utilizava estruturas de captação, transporte, receptação e lavagem de dinheiro para manter o esquema criminoso.

O Projeto Libertas, que coordena as ações, atua no fortalecimento das investigações sobre crimes ambientais e no aprimoramento da atuação ministerial no enfrentamento ao tráfico de fauna em todo o país.

Informações: MPMG