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Viçosa celebra 150 anos de Arthur Bernardes com artigo histórico
17 de novembro de 2025

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Historiadora viçosense lança texto destacando trajetória política e contribuições educacionais do ex-presidente

Viçosa celebra neste ano o sesquicentenário de nascimento do ex-presidente Arthur Bernardes. Para marcar a data, a historiadora viçosense Joana Darc lançou um artigo em homenagem ao político.

O texto reúne trechos do livro que a pesquisadora pretende publicar no próximo ano. Nele, Joana Darc aborda a trajetória política de Bernardes, desde o período em que atuou como vereador, deputado e secretário de finanças, até sua contribuição para a educação no município.

O artigo destaca a participação de Arthur Bernardes no desenvolvimento e criação da ESAV, Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa. A iniciativa teve impacto na formação de profissionais e na consolidação da instituição, que se mantém ativa no ensino superior local.

Joana Darc atua há vários anos em estudos de genealogia e tem ampliado suas pesquisas para analisar personalidades históricas de Viçosa e da Universidade Federal de Viçosa. O artigo lançado integra esse esforço de documentar trajetórias e ações que influenciaram o desenvolvimento político e educacional da cidade.

O material será divulgado em plataformas acadêmicas e em veículos regionais, com o objetivo de fornecer informações detalhadas sobre a vida e os feitos de Arthur Bernardes. Segundo a historiadora, a publicação do livro completo no próximo ano permitirá um estudo mais abrangente sobre sua contribuição à política e à educação em Viçosa.

O sesquicentenário de Bernardes marca uma oportunidade de revisitar a história local, registrar os impactos de sua gestão e consolidar o reconhecimento de sua atuação. A pesquisa de Joana Darc também reforça a importância de estudar personagens históricos da região, permitindo compreender melhor as bases políticas e educacionais do município.

ARTHUR DA SILVA BERNARDES
Sesquicentenário de Nascimento 1875 – 2025
Ilustre Viçosense – Grande Estadista / O norte da sua vida política: tudo em prol do País e do seu povo
Arthur da Silva Bernardes era filho do Coronel Antonio da Silva Bernardes, natural de Castanheira de Pera,
distrito de Leiria, Portugal, e de Maria Aniceta do Sacramento. Seus pais casaram-se no dia 13 de fevereiro de 1866, em São Caetano do Xopotó, atual cidade de Cipotânea, em Minas Gerais. Seu pai foi advogado provisionado e posteriormente promotor de justiça, atuando em Viçosa e cidades vizinhas. Faleceu também em Viçosa, no dia 6 de julho de 1910. Sua mãe, Maria Aniceta, nascida provavelmente em 1849, faleceu também em Viçosa no dia 28 de fevereiro de 1919.
Nasceu no dia 8 de agosto de 1875 e foi batizado no dia 12 do mesmo mês, em Santa Rita do Turvo, antiga denominação da cidade de Viçosa, Minas Gerais.

Seus pais tiveram nove filhos: Maria Carolina da Silva Bernardes, casada com Manoel da Graça de Souza
Pereira. Alfredo da Silva Bernardes casado, com Emília de Souza Barros. Antônio da Silva Bernardes Junior
casado com Maria Lopes Rosado, Cota, viúva de Francisco Antônio Rodrigues, Tinôco. Arthur da Silva
Bernardes, casado com Clélia Vaz de Mello. Anna da Silva Bernardes casada, com Augusto Moreira de Souza Barros. Isolina da Silva Bernardes. Angelina da Silva Bernardes, casada com Lindolpho de Souza Lima. Olegário da Silva Bernardes, casado com Jesuína Chaves de Faria. Olívia da Silva Bernardes, casada com José Pinto Coelho.
Desde cedo, demonstrou muito interesse pelos estudos. Em 1887 ingressou no famoso Colégio do Caraça e no final de 1888, foi obrigado a abandonar o Colégio, por dificuldades financeiras de seu pai. Isto lhe serviu como um impulso para a luta que iniciou, estudando e trabalhando em vários locais e posições, sempre com muita coragem e sem esmorecer. A tudo venceu com galhardia. O preparo intelectual foi uma constante em sua vida, os caminhos percorridos, as dificuldades enfrentadas, em momento algum serviram de obstáculo intransponível no alcance de seu objetivo. As lutas constantes, os esforços despendidos, forjaram seu espírito de luta e o seu intelecto. Recebeu o título de Bacharel em Direito, em 1900, pela Faculdade de Direito de São Paulo. Retornando a Viçosa, abre seu escritório de advocacia. Posteriormente seu pai, deixa o cargo que ocupava como promotor, para vir trabalhar com o filho.

Em 28 de agosto de 1926, discursando na inauguração da Escola Superior de Agricultura e Veterinária, ESAV, Arthur da Silva Bernardes, o seu idealizador e fundador, discorreu, com a eloquência que lhe era costumeira, a alegria de estar em sua cidade natal e os primórdios da sua vida.

Em seu discurso, como paraninfo, na colação de grau dos Engenheiros Agrônomos de 1952, e comemoração do vigésimo quinto aniversário da instalação da ESAV, entre as muitas saudações e agradecimentos, ressaltou a figura o Dr. Peter Henry Rolfs – “Não devemos também de esquecer nesta oportunidade, de render homenagem à saudosa memória de seu organizador e primeiro diretor, o sábio Professor Peter H. Rolfs, de quem guardamos reminiscências que o tempo não destrói. Glória ainda, Senhores, a quantos contribuíram para fazer deste Instituto, um monumento de cultura técnica que honra o nosso Estado e o nosso País”. Casou-se no dia 15 de julho de 1903 com, Clélia Vaz de Mello, filha do Senador Carlos Vaz de Mello e Maria Augusta de Andrade. “A Cidade de Viçosa” de 19 de julho de 1903, publicou o evento com detalhes: “Realizou-se na quarta-feira, na Fazenda Pretória, sita no distrito desta cidade, o casamento do nosso distinto amigo Dr. Arthur da Silva Bernardes, advogado no foro desta comarca, com a Exma. Srta. Clélia Vaz de Mello, prezada filha do Exmo. Sr. Dr. Vaz de Mello, Senador Federal por este Estado. Ao meio-dia mais ou menos, dirigiu-se daqui para ali, em trole, o noivo, acompanhado de seus ilustres progenitores e de diversos parentes e amigos, alguns dos quais seguiram no mesmo veículo e outros a cavalo, chegando a comitiva à Pretória duas horas depois. Na porteira que dá ingresso para a fazenda fora levantado um belo arco, do qual pendia uma bandeira com a inscrição - Salve 15 de Julho! Salve! Às 5 horas da tarde, efectuou-se o ato civil na sala de visitas da casa nova da fazenda, presidindo o Ilmo. Dr. José Theotônio Pacheco, 1º Juiz de Paz deste distrito, e lavrando o competente termo, assinado por todos quanto o quiseram, o Escrivão de Paz, cidadão José Augusto de Castro. Serviram de testemunhas neste ato: por parte do noivo o Cap. Marcos Cohen, e por parte da noiva o Cel. Mario Vaz de Mello. Em seguida na mesma sala, procedeu-se ao casamento religioso tendo sido previamente levantado ali um altar, no qual estavam os venerandos vultos da Rainha dos Céus e do seu amado filho. Celebrou o Revmo. Sr. Padre Américo Coelho, coadjutor da vigararia da Cidade de Ponte Nova. Neste ato serviram de paraninfos: O Cel. Mario Vaz de Mello por parte da noiva e o Doutor José Felipe de Freitas Castro, por parte do noivo. Enquanto se celebravam os atos civil e religioso, subiram ao ar muitas girandolas de foguetes. A todos foi servido um lauto jantar, sob um teto de pano erguido em toda a extensão da frente da casa mais velha da fazenda. Concluído o banquete, transportaram-se todos para a sala de visitas da casa mais velha, onde estava uma soberba mesa de finos doces. Cada um se serviu a vontade, e quando chegou a vez de ser libado o champagne, começaram os brindes, fazendo o primeiro aos noivos o Ilmo. Dr. José Teotônio Pacheco” O casal teve 8 filhos: Clélia Vaz de Mello Bernardes casada com, Carlos Alves de Souza Filho.
Arthur da Silva Bernardes Filho casado com, Sofia de Azeredo. Maria da Conceição da Silva Bernardes
casada com José Domingues Machado Filho. Dhália da Silva Bernardes, que faleceu criança. Rita da Silva
Bernardes casada com Christiano de Freitas Castro. Sylvia da Silva Bernardes, que faleceu criança. Geraldo da Silva Bernardes. Maria Pompéia da Silva Bernardes casada com Robert Flous.

A política
O Senador Carlos Vaz de Mello percebeu muito cedo o grande interesse, empenho e a capacidade de
articulação e liderança do seu genro Arthur Bernardes na política. Quando do Congresso de Municipalidades da Zona da Mata, o Presidente Dr. Francisco Salles, em 19 de abril de 1904, passou pela Estação de Viçosa, distante uma légua da cidade. Arthur Bernardes foi designado, pelo sogro, de saudá-lo, em seu lugar, e ele o fez muito bem, demonstrando a sua fluência verbal, exaltando e descrevendo as qualidades e feitos políticos do Presidente. Por este seu brilhante desempenho, o seu nome foi anotado para a inclusão na lista de candidatos estaduais.

Com o falecimento do Senador Carlos Vaz de Mello, em 3 de novembro de 1904, Arthur Bernardes o substitui na chefia da política municipal, assumindo, no dia 1º de janeiro de 1905, a direção do Jornal “A Cidade de Viçosa”, cujo proprietário era o Coronel Mário Vaz de Mello, filho do fundador Carlos Vaz de Mello. Em julho de 1905, Arthur Bernardes foi eleito presidente da Câmara Municipal de Viçosa. Sua primeira resolução foi a de prover os meios para que se fundasse um hospital na cidade de Viçosa. Demonstrando o seu cuidado com o bem-estar do povo, uma característica que muito bem o distinguiu em toda a sua vida política.

Foi eleito Deputado Estadual, em 1907-1909, e Deputado Federal 1909-1910
Em 1910, assumindo o governo de Minas, Júlio Bueno Brandão convidou Arthur Bernardes para ocupar o
cargo de Secretário de Finanças, período de 1910 a 1914, e notável foi a sua administração.
“Quando deputado estadual, a preocupação de Bernardes foi a situação financeira do Estado. E quando
Secretário, conduziu-se à altura de suas críticas e sugestões. Observou, logo no primeiro ano de sua
administração, que o problema de arrecadação em alguns lugares, era devido à distância entre os centros
povoados e a sede da repartição fiscal. Para eliminar esta dificuldade, criou 34 coletorias em diferentes pontos do Estado, de acordo com a densidade da população.”
Iniciou uma política de auxílio aos municípios, com empréstimos a longo prazo. Durante sua gestão é criada pela Lei nº 588, de 6 de setembro de 1912, a Caixa Beneficente dos Funcionários do Estado. E posteriormente transformada na Previdência dos Servidores do Estado.
Em 1914, conseguiu junto a Leopoldina Railway, que fosse feito um desvio para que a estrada de ferro
passasse dentro da cidade de Viçosa. Naquela época, a estação ficava a seis quilômetros da Cidade, percurso este que tinha de ser feito à cavalo. Conta-se que Dr. Theotônio Pacheco, seu adversário político, fora à Estação para assistir à chegada do primeiro trem. E dissera então a seus filhos: “Retiremo-nos da política, porque Bernardes acaba de dar a Viçosa, a estrada de ferro”

Presidente de Minas Gerais 1918 -1922
Após muitas divergências políticas, o nome de Arthur Bernardes, foi indicado por Raul Soares, ao presidente da República Venceslau Brás, “para que a unidade do PRM se fizesse em torno do deputado de Viçosa. Em setembro, a convenção estadual do PRM homologou as candidaturas”
No dia 6 de janeiro de 1918, no Cine Paladino de Viçosa, foi oferecido um banquete a Arthur Bernardes, com a presença de autoridades municipais, representantes do Presidente do Estado, ministros, secretários, senadores e deputados estaduais. Oferecendo o banquete, falou o deputado estadual Eugenio de Melo e brindando os Presidentes do Estado e da República, falou o senador Francisco Sales, Presidente da Comissão Executiva do Partido Republicano Mineiro. Neste banquete, Arthur Bernardes leu o seu programa de governo. A Primeira Grande Guerra, na Europa, ainda não terminara. As consequências do conflito refletiram fortemente no Brasil.
O governo de Arthur Bernardes foi muito profícuo em todos os sentidos, demonstrando, mais uma vez, o seu interesse genuíno no bem-estar do povo. Tinha pleno conhecimento dos problemas de Minas Gerais. Cumprindo o prometido “construiu 138 pontes em locais até então considerados caros e difíceis, aumentando as estradas de rodagem em 1.498 quilômetros, difundindo o ensino com a abertura de 421 escolas isoladas, e 13 novos Grupos Escolares. Fundou o Instituto de Química Industrial e o Instituto dos Alienados (Hospital Raul Soares) Criou e Construiu o Hospital do Radium, o primeiro da América Latina a dedicar-se ao tratamento do câncer. Construiu os Hospitais Regionais de Pouso Alegre, Viçosa, Pirapora e Patos. Impediu a execução do contrato federal com a Itabira Iron, por considerá-lo lesivo aos interesses de Minas Gerais. Entre os grandes feitos de Arthur Bernardes, como Presidente de Minas Gerais, um deles foi indiscutivelmente a autorização para criar uma Escola Superior de Agricultura e Veterinária, determinada na Lei nº 761, de 6 de setembro de 1920. E, pelo Decreto nº 6.053, de 30 de março de 1922, a sua criação e instalação em Viçosa, Cumpre ressaltar, que a estrada ferro já passando dentro de Viçosa, desde 1914, intermediação feita por Arthur Bernardes, junto a Ferrovia Leopoldina Railway, foi um fator importantíssimo que concorreu fortemente para a escolha do local onde seria construída a Escola. A ferrovia chegou em Viçosa em 1885, e a Estação ficava a seis quilômetros de distância. Ficou conhecida como a Estação Velha. A preocupação com a Agricultura foi uma constante na vida política de Arthur Bernardes, desde quando era vereador em Viçosa.

ARTHUR DA SILVA BERNARDES PRESIDENTE DA REPÚBLICA - 15 de novembro de 1922 a 15 de novembro de 1926.
Ele foi o primeiro presidente da república a tomar posse na vigência do estado de sítio.
Chefe de Estado no mais tormentoso quatriênio que a República até hoje conheceu” Bernardes teve de governar praticamente em estado de sítio, pois além da efervescência política e da permanente ameaça revolucionária, grave crise econômico-financeira assolava o país.”

Três foram os movimentos políticos e militares ocorridos durante o agitado governo de Arthur Bernardes:
1923 – Guerra Civil no Rio Grande do Sul - Disputa eleitoral para a Presidência da República, Borges de
Medeiros, pelo partido Republicano e Assis Brasil, apoiado pelo partido Federalista. Borges de Medeiros venceu a eleição e assume pela quinta vez a Presidência da República. Arthur Bernardes não aceitou atuar como árbitro deste conflito. Mas designou seu Ministro da Guerra, Setembrino de Carvalho, natural e Uruguaiana, RS, para mediar com sucesso o fim dos combates. O acordo de Paz, foi assinado e em 14 de dezembro de 1923, após 11 meses de luta na estância de Assis Brasil, em Pedras Altas, Rio Grande do Sul.
1924 – Revolta dos militares tenentistas, em São Paulo, pelo principal líder General Isidoro Dias Lopes, para derrubar o Governo de Arthur Bernardes. Os revoltosos não receberam o apoio esperado de outros estados. O movimento foi derrotado muito rapidamente e seus integrantes fugiram para o interior do estado ou para o sul do país. Os que permaneceram em São Paulo foram presos ou mortos. Os Tenentistas se juntaram à Coluna Prestes.
1925 a 1927 - A Coluna Prestes, comandada pelo Capitão do Exército Luiz Carlos Prestes, movimento políticomilitar, que durante dois anos percorreu o interior do Brasil, entre outros participantes, jovens tenentistas, insatisfeitos com o governo de Arthur Bernardes, propondo reformas sociais. Enfrentou muitos combates. Entretanto, as condições de vida precaríssimas da coluna, e do interior do país, demonstraram a ineficácia da marcha e, por consequência o seu término. Prestes e os soldados remanescentes da Coluna se exilaram na Bolívia.
Na Presidência da República, Arthur Bernardes procurou dar continuidade ao que fora executado quando
Governador de Minas Gerais: Decreto nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923 – “Crea, em cada uma das empresas de estradas de ferro existentes no paíz, uma caixa de aposentadoria e pensões para os respectivos empregados”
Decreto nº 16.009, de 11 de abril de 1923 – “Art 1º Fica creado o Conselho superior do Commercio e Industria, o qual funcionará sob a presidência do ministro da Agricultura, Industria e Commercio e será o órgão consultivo dos poderes públicos em assumptos commerciaes e industriaes. Paragrapho único. Independentemente de consulta, o conselho poderá suggerir aos poderes públicos o que julgar, conveniente ao commercio, à indústria e à prosperidade do paiz.”
Decreto nº 16.027, de 30 de Abril de 1923 – “Crêa o Conselho Nacional do Trabalho - Fica creado o Conselho Nacional do Trabalho, que será o órgão consultivo dos poderes públicos em assumptos referentes à organização do trabalho e da previdência social”
Decreto nº 12.264, de 19 de Dezembro de 1923 – “Fica creada a Directoria Geral da Propriedade Industrial, a qual terá a seu cargo os serviços de patentes de invenção e de marcas de industria e commercio, ora reorganizados, tudo de acordo com o regulamento anexo, assignado pelo Ministro da Agricultura, Industria e Commercio.”
Decreto nº 16.272, de 20 de dezembro de 1923 - “Aprova o regulamento da assistência e proteção aos menores abandonados e deliquentes.”
Decreto nº 4.859, de 26 de setembro de 1924 – “Declara feriado nacional o dia 1º de maio. Art. único – É
considerado feriado nacional, consagrado à confraternidade universal das classes operárias e à comemoração dos martyres do trabalho, revogadas as disposições em contrário.”
Decreto nº 17.139, de 16 de dezembro de 1925 - Instituí o Patronato Agrícola, em Viçosa, MG. Os trabalhos para a construção do edifício sede do Patronato Agrícola, foi iniciada em 1º de junho de 1926. As obras foram concluídas 7 de novembro de 1927.
Arthur Bernardes encerrou o seu mandado presidencial no dia 15 de novembro de 1926
1927 – 1930 – Arthur Bernardes eleito Senador por Minas Gerais, em 27 de fevereiro de 1927. Não concluiu seu mandato, devido ao golpe de estado de 1930.
1930 – Golpe de Estado que depôs o Presidente Washington Luís e impediu a posse do novo Presidente do Brasil, Júlio Prestes. Movimento liderado por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba. Getúlio Vargas indicado para assumir interinamente a Presidência do País,1930 a 1934. Instaura a Ditadura, nomeia interventores, anula a constituição de 1891, fecha o congresso nacional, extingue os partidos políticos.
1932 – Revolução Constitucionalista – Movimento armado, em São Paulo contra o Governo provisório de Getúlio Vargas e para a convocação de uma assembleia constituinte. Arthur Bernardes, lança em Viçosa, no dia 8 de agosto de 1932, o seu famoso manifesto – À Nação – expondo as razões que o levaram a ficar do lado de São Paulo, aderindo à revolução constitucionalista. Ficando, neste episódio, gravada a sua famosa frase “Quanto a mim, fico com São Paulo, porque para São Paulo se transportou hoje a alma cívica do Brasil.”
Arthur Bernardes foi preso no dia 23 de setembro de 1932, na Fazenda da Luíza, de propriedade de Cornélio de Paula Lanna, no município de Porto Firme. Viajou a cavalo escoltado por policiais, até Teixeiras e de lá, de carro até Viçosa. À noite do mesmo dia, embarcou num trem especial da Leopoldina, com destino ao Rio de Janeiro, onde ficou preso na Ilha do Rijo, até o dia 4 de dezembro quando partiu para o exílio, em Portugal, no navio Asturias.
Assumiu toda e qualquer responsabilidade pelo Movimento Constitucionalista em Minas Gerais. Arthur Bernardes retornou ao Brasil no dia 19 de agosto de 1934.
Texto escrito, em homenagem a Arthur da Silva Bernardes, comemorando os 150 anos de seu nascimento. Insigne Viçosense. Grande político, nacionalista ferrenho, soube defender os interesses do Brasil. Não se locupletou financeiramente dos cargos ocupados, tanto no Governo de Minas Gerais, quanto no exercício da presidência da República. Uma grande barreira à frente do seu nome, construída com a sua honradez ilibada.
No exercício da presidência república, período mais crítico, na sua vida política, assolado por movimentos
políticos-militares e sociais. A tudo enfrentou corajosamente, com pulso forte, sendo necessário e na maioria das vezes a adoção de medidas extremamente fortes e repressivas, para evitar que a nação fosse levada a uma guerra civil.
O presente artigo é constituído de partes do livro, que está sendo escrito, para publicação em 2026
Joana d´Arc do Valle Rodrigues
Viçosa, novembro de 2025