Cinco dias após iniciar a vacinação contra Covid de crianças de 5 a 11 anos, com doses do imunizante da Pfizer, Minas Gerais não teve registros de eventos adversos nesse público. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, e pode indicar a segurança do imunizante.
"A SES-MG informa que, até o momento, não houve notificação de eventos adversos suspeitos da vacina contra Covid pediátrica, em crianças de 5 a 11 anos notificados", informou, em nota. "A SES-MG destaca, ainda, que pesquisas demonstram que a administração do imunizante em crianças apresenta uma eficácia de 90,7% para a prevenção da Covid-19 em pelo menos sete dias após a segunda dose. E não foram observados eventos adversos graves associados à vacinação", destacou.
Aprovada pela Anvisa em dezembro, "após uma análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório", a vacina pediátrica da Pfizer pode produzir eventos adversos, assim como qualquer outra vacina, mas, em geral, eles foram apontados como leves pelo laboratório. À época, a Anvisa também apresentou dados mostrando que "suspeitas de eventos adversos (ocorreram em) 0,05% do total de doses administradas (no mundo)". A agência também indicou que "embora o risco seja baixo, foram incluídos eventos adversos de interesse especial em bula, miocardite e pericardite, que requerem constante monitoramento no pós-uso".
A Anvisa pede que os eventos adversos sejam comunicados por meio de formulário próprio (disponível neste link).
Além disso, a SES-MG lembra que "cada município é responsável pela coordenação e execução das ações de vacinação, bem como pela notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação. As Unidades Notificadoras são todas as Unidades Básicas de Saúde/salas de vacinação, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), prontos-socorros e hospitais. No entanto, qualquer unidade de saúde pública ou privada deve notificar a ocorrência de um eventos adversos pós-vacinação", informa. "Os EAGs (eventos adversos graves) devem ser notificados e inseridos no sistema de informação imediatamente ou em até 24h. Todos os casos graves são investigados e, para fins de vigilância epidemiológica, a investigação deve ser iniciada em até 48h após a notificação do caso suspeito. A SES-MG esclarece que todas as notificações são realizadas pelos municípios e investigadas pelas Unidades Regionais de Saúde, secretarias estaduais de saúde e pelo PNI", completa.
- Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça, dor muscular, dor no local de injeção, cansaço, calafrios, inchaço no local da injeção e vermelhidão no local de injeção.
- Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): diarreia, vômito, dor nas articulações e febre.
- Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento dos gânglios linfáticos (ou ínguas), urticária (alergia da pele com forte coceira), prurido (coceira), erupção cutânea
(lesão na pele), diminuição de apetite, náusea, dor nos membros (braço) e mal-estar.
- Desconhecida (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis): reação alérgica grave (anafilaxia).
Na bula, a Pfizer também explica sobre a importância de comunicar efeitos após o uso da vacina. "Se tiver quaisquer efeitos adversos, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Estes incluem quaisquer efeitos adversos possíveis não mencionados nesta bula. Ao comunicar os efeitos adversos pode ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento", defende.
Fonte: O TEMPO