Vestido com roupas típicas da Nigéria, Isah Rabiu defendeu sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição (PPGCN) na tarde de sexta-feira (22). A defesa de um trabalho de pesquisa é uma rotina para a UFV, mas essa foi ainda mais especial por ser a primeira dissertação defendida por um estudante de mestrado do Fórum para Pesquisa Agropecuária na África (Fara).
A UFV foi a primeira universidade brasileira a assinar um acordo com o Fara, em 2019, quando passou a participar do Programa de Cooperação Bolsa de Pesquisa e Inovação Agrícola para a África (Arifa). Em 2020 e 2021, a Universidade admitiu mais de 60 nigerianos em 21 cursos de mestrado, com disciplinas inicialmente sendo oferecidas de forma remota. Este ano, estão matriculados 42 bolsistas. A parceria conta com apoio do TETFUND, fundo financiador do ensino terciário da Nigéria.
Isah Rabiu já é nutricionista e professor universitário na Nigéria. Na UFV, ele cursou todas as disciplinas em inglês e concluiu o mestrado em apenas 20 meses. O pesquisador foi orientado pela professora Juliana Novaes, que, durante a defesa, elogiou a dedicação, a responsabilidade e a qualidade do trabalho realizado pelo nigeriano. Na pesquisa, Isah avaliou o escore do consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o risco cardiometabólico em crianças do município de Viçosa. O trabalho faz parte dos objetivos do grupo Pesquisa de Avaliação da Saúde do Escolar (Pase).
Isah conta que a experiência na UFV foi muito rica, tanto do ponto vista acadêmico quanto pessoal. "Tive a oportunidade de estudar numa das melhores universidades do mundo, com professores muito empenhados em tornar os alunos grandes pesquisadores e levarei este aprendizado para a Nigéria e para a África", disse ele agradecendo aos professores do Departamento de Nutrição e a oportunidade dada pelo TETFUND. O pesquisador também elogiou a acolhida dos colegas e de Viçosa.
Por ser a primeira defesa do Fara, a sessão contou com a participação do diretor de Relações Internacionais, Vladimir Di Iorio, e do diretor executivo do Fara, Yemi Akinbamijo, da Nigéria.
Além da orientadora da pesquisa, a banca examinadora foi composta por Mariana de Santis Filgueiras, pós-doutoranda do PPGCN/UFV, e Lara Gomes Suhett, pesquisadora da Drexel University, da Philadelphia (EUA).
Divulgação Institucional
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