Uma emenda ao Projeto de Lei 4.115/2022 deve ser votada nesta sexta-feira (23/12) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para aumentar os salários dos cargos de governador, vice-governador e secretário de Estado. A proposta, apresentada pelo deputado estadual Roberto Andrade (Avante), será anexada ao PL que reajusta os vencimentos dos parlamentares em cerca de R$ 8 mil, saltando de R$ 25 mil para R$ 33 mil.
Segundo a íntegra do texto, à qual a reportagem teve acesso, o percentual do reajuste para os cargos de governador, vice e secretário vai seguir o definido pelo Congresso Nacional. Vale lembrar que o Senado e Câmara aprovaram o aumento salarial para parlamentares, servidores, ministros do STF, presidente, vice-presidente e ministros de Estado nessa quarta-feira (21/12).
"Os subsídios dos ocupantes de cargos de governador, vice-governador e secretário de Estado foram fixados no ano de 2007. Transcorreram-se, desde então, quase 15 anos. Nesse período, a inflação acumulada alcançou o patamar de 232,28%. A readequação proposta não abrange nem mesmo o montante que seria necessário para a reposição das perdas decorrentes da inflação e não traz nenhum ganho real aos subsídios", escreve o deputado Roberto Andrade na justificativa da emenda.
Atualmente, o governador do Estado ganha R$ 10,5 mil, enquanto o vice leva R$ 10.250 e os secretários R$ 9 mil. O último reajuste aconteceu quando o atual deputado federal Aécio Neves (PSDB) ocupava a cadeira mais alta do Executivo de Minas Gerais.
A proposta para aumentar o salário do Executivo estadual acontece em meio às alegações de pessoas próximas a Romeu Zema (Novo) de que o governo vai “pacificar” as relações com a Assembleia. "Eu fico feliz de ver que estamos iniciando um novo momento com a Assembleia. Não só porque nós elegemos deputados em número suficiente para formar a base do governador, também porque estamos reinaugurando a relação com cada um dos deputados", disse o vice Professor Mateus (Novo) em entrevista ao quadro Café com Política, da Rádio Super, nessa quarta.
Fonte: O TEMPO