Durante a reunião Ordinária de ontem, terça-feira (21), foi lido o requerimento nº 012/2023, de autoria do vice-Presidente, Vereador Daniel Cabral (PCdoB), que solicita uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar a suspeita de tráfico de influência por parte do Secretário Municipal de Administração e Planejamento Estratégico, Luan Campos em relação aos atos da administração da Câmara Municipal de Viçosa.
De acordo com o documento, fundamenta-se a instalação da CPI em fatos que ocorreram recentemente na administração da Câmara, em relação às demissões, que geram a suspeita de influência externa na tomada de decisões. Isso se deve ao fato do secretário ser casado com a Assessora Parlamentar da Câmara, Patricia Gomes de Oliveira, que recentemente teve um áudio vazado, discorrendo sobre a insatisfação com o fato do Prefeito Raimundo Nonato (PSD) não atender seus pedidos políticos de nomeação de aliados.
Outro fator exposto no documento, foi a violação do notebook do gabinete do vereador. Em que uma pessoa não identificada, fez download de arquivos do vereador, em especial mensagens, para realizar a edição de um vídeo e vinculá-lo às mídias sociais.
Durante a Palavra Livre, o parlamentar justificou dizendo que está muito tranquilo em relação a tudo que está acontecendo no Poder Legislativo Municipal. “Vai ser muito interessante a gente analisar através de todos os indícios o que tem acontecido aqui na Câmara”, afirma Daniel, enquanto relembra que como vice-Presidente não irá admitir que a autonomia da Casa Legislativa seja ferida. “Uma vez que todos nós vamos ser entrevistados, e vamos entrevistar os servidores, nós teremos a oportunidade de ‘montar este quebra cabeça’ ”, afirma.
Além disso, ainda no assunto da CPI, Daniel comentou sobre a violação de seu gabinete. Que de acordo com o parlamentar teve a sua privacidade invadida, uma vez que alguém entrou e teve acesso aos seus documentos e arquivos pessoais. “Esses dados já foram divulgados, e precisamos falar sobre a seriedade disso. O que está em risco é a autonomia de um gabinete de um Vereador, colocando em risco a segurança e privacidade de todos”, afirmou Daniel.
Por fim, o vice-Presidente reforçou que não tem medo de enfrentar a situação política de Viçosa, e que tem o compromisso com a população, de contar sobre o que está acontecendo. “Esse é o meu jeito de legislar, e se a política atual de Viçosa não sabe lidar, paciência. A minha ideia sempre foi mostrar que é possível fazer diferente”.
Já no Grande Expediente o Presidente da Câmara, Vereador Rafael Cassimiro (PSDB), disse que após consultar o jurídico da Casa, só seria possível definir os membros da comissão na próxima reunião, terça-feira (28). O Prazo da conclusão dos trabalhos da CPI é de 90 dias, podendo ser prorrogado, e a comissão será composta por 5 membros.
Informações da CMV